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Insolvências crescem 12% até setembro face a igual período de 2023

Já as constituições de novas empresas em Portugal diminuíram 16%, passando de 4.111 em 2023 para 3.455, revela um estudo da Iberinform.
9 Outubro 2024, 14h13

Nos primeiros nove meses de 2024, as insolvências em Portugal aumentaram 12% em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 2.891 casos no terceiro trimestre, o que representa um acréscimo de 306 insolvências em relação a 2023. Em setembro, foram registradas 410 insolvências, um aumento de 7% em relação ao mês homólogo do ano passado, revela um estudo da Iberinform.

No acumulado do ano, as declarações de insolvência feitas pelas próprias empresas chegaram a 466, um aumento de 49% em relação a 2023. As declarações requeridas por terceiros também aumentaram 41%, passando de 437 para 617. Os encerramentos com plano de insolvência subiram 43%, com 40 ações registradas, em comparação com 28 no ano passado. No total, 1.539 empresas foram declaradas insolventes até setembro, o que representa uma diminuição de 92 encerramentos em relação ao ano anterior.

Lisboa e Porto são os distritos com o maior número de insolvências, com 547 e 545, respectivamente, mas ambos apresentaram uma queda de mais de 9% e quase 4% em relação a 2023. Outros distritos com diminuições significativas incluem Horta (-60%), Leiria (-33%) e Madeira (-29%).

Por outro lado, Portalegre teve um aumento dramático nas insolvências, passando de 13 para 140 (+977%), e Bragança de 12 para 105 (+775%). Outros distritos com crescimentos notáveis incluem Beja (+300%), Santarém (+219%) e Angra do Heroísmo (+170%).

Os setores com maior aumento nas insolvências foram Eletricidade, Gás e Água (+80%), Indústria Transformadora (+31%) e Indústria Extrativa (+17%). O setor da Agricultura, Caça e Pesca registrou uma diminuição de 2%, enquanto o setor de Telecomunicações permaneceu estável.

No mesmo período, as constituições de novas empresas em Portugal diminuíram 16%, passando de 4.111 em 2023 para 3.455. No acumulado do ano, também houve uma queda, embora menor, de 2%, totalizando 38.641 novas empresas registradas até o final do terceiro trimestre.

Lisboa lidera em número de constituições, com 12.145 novas empresas, o que representa uma redução de 9% em relação ao ano anterior. O Porto ocupa o segundo lugar, com 6.583 novas constituições, uma diminuição de 2%. Outros distritos que apresentaram variações negativas incluem Beja (-13%), Vila Real (-9%), Portalegre (-7%), Setúbal (-4,5%), Santarém (-4%) e Coimbra (-3%).

Por outro lado, alguns distritos tiveram variações positivas nas constituições: Horta (+53%), Angra do Heroísmo (+25%), Viana do Castelo (+21%), Madeira (+17%), Guarda e Bragança (ambas com +16%) e Évora (+14%).

Os setores que mostraram crescimento nas novas constituições englobam Telecomunicações (+48%), Indústria Extrativa (+21%) e Construção e Obras Públicas (+8,5%). Em contraste, setores com variações negativas foram Transportes (-24%), Eletricidade, Gás e Água (-16%), Comércio por Grosso (-9,5%) e Agricultura, Caça e Pesca (-5%).

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