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“Insuficiente”. AEP reafirma “preocupação” com Orçamento Suplementar

Para a Associação Empresarial de Portugal, a proposta é “apenas concentrada” neste ano. “Se não assegurarmos a sobrevivência das empresas, se não evitarmos uma escalada de insolvências e de destruição do capital social e da capacidade produtiva instalada, não será possível uma retoma rápida e mais forte da economia”, alerta Luís Miguel Ribeiro.
1 Julho 2020, 19h22

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) reafirmou esta quarta-feira a sua preocupação em torno do Orçamento Suplementar para 2020, por considerar que a proposta tem, na sua maioria, medidas de “caráter temporário”, insuficientes e concentradas apenas neste ano.

A associação admite que “esperava muito mais” do orçamento cuja votação na especialidade se prolongou até esta tarde, na Assembleia da República. “Deveria aproveitar a excecional flexibilidade permitida pela União Europeia, nomeadamente as regras temporárias de ajudas de Estado e a suspensão das regras orçamentais do euro, para um maior estímulo orçamental”, sugere.

A associação liderada por Luís Miguel Ribeiro diz que é necessário criar e reforçar os mecanismos de apoio às empresas viáveis “à custa de um pouco mais de” défice orçamental em 2020, mas tirando partido da “rede de segurança excecional” do Banco Central Europeu.

“Existe uma forte expectativa quanto ao fundo de recuperação europeu, que será certamente um excelente instrumento, mas não é de aplicação imediata. Até lá, muitas empresas poderão não resistir, agravando o problema do desemprego. As empresas têm de contar com instrumentos de aplicação imediata, face à fase absolutamente crítica em que se encontram”, explica o presidente da AEP, recentemente eleito para o triénio 2020-2022.

“Se não assegurarmos a sobrevivência das empresas, se não evitarmos uma escalada de insolvências e de destruição do capital social e da capacidade produtiva instalada, não será possível uma retoma rápida e mais forte da economia, mesmo numa fase em que a pandemia esteja resolvida do ponto de vista da saúde pública”, alerta ainda Luís Miguel Ribeiro, em comunicado.

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