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Investidores veem setor bancário na Europa limitado por regulamentações e exigências de capital

Os bancos em alguns mercados desenvolvidos, como Europa e Japão, enfrentam um dilema: embora sejam essenciais para um sistema financeiro saudável, os investidores tendem a ver vantagens futuras limitadas na maioria dos títulos dos bancos.
30 Julho 2025, 07h36

Um estudo da Bain & Company sobre a expectativas dos investidores em relação aos bancos cotados intitulado “Perform Today, Prove Tomorrow, Propel the Stock Valuation”, diz que “os bancos líderes constroem credibilidade junto aos investidores alinhando sua estratégia, execução e a performance das ações”.

Os principais bancos equilibram as estratégias de atuação “de hoje para a frente”, como a disciplina de custos e a eficiência digital, com a preparação do “regresso ao futuro”, ou seja, com os novos concorrentes e com a evolução das expectativas dos clientes.

Os investidores recompensam os bancos que não só apresentam desempenho, como também comunicam uma ambição clara, executam-na de forma consistente e sinalizam com credibilidade a sua orientação futura, defende a Bain.

Os bancos em alguns mercados desenvolvidos, como Europa e Japão, enfrentam um dilema: embora sejam essenciais para um sistema financeiro saudável, os investidores tendem a ver vantagens futuras limitadas na maioria dos títulos dos bancos.

Em média, os investidores veem o setor bancário nessas regiões como limitado por regulamentações, exigências de capital e compressão das margens de lucro.

O quadro é diferente em outras regiões, particularmente Índia, Austrália e América do Norte. Nestas regiões, os investidores tendem a ver mais “espaço em branco” no potencial de ganhos futuros.

Mas as médias não contam a história completa. Alguns bancos conseguiram ultrapassar o cepticismo dos investidores e destacaram-se através de estratégias focadas, disciplina de custos e performance de ações convincentes.

 

A Bain diz que as avaliações não são dominadas pelo modelo de negócio de um banco. Pois qualquer tipo de banco — desde aqueles que dependem de um conjunto completo de serviços para receitas equilibradas, até aqueles que dependem de dois serviços principais, ou aqueles que se concentram apenas numa linha de negócio — pode ter uma vasta gama de retornos totais para os acionistas em todas as regiões.

Entre 14 bancos focados nos EUA e no Canadá, por exemplo, os retornos totais para os acionistas nos últimos cinco anos variam entre cerca de 7% negativos e cerca de 26% positivos. Mas a Bain diz que a amplitude em si é irrelevante. Em vez disso, o que diferencia os bancos individuais envolve escolhas deliberadas sobre onde atuar e como ganhar, defende.

Os Top-performing banks compreendem que o ROE é necessário, mas não suficiente. O que os diferencia não é apenas o quanto lucram, mas a clareza com que demonstram que podem sustentar as suas margens e para onde vão, defende a consultora.

O BCP é o único banco cotado em Portugal.

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