Investigadores e docentes saem à rua em protesto contra a precariedade na ciência
Os investigadores, os trabalhadores científicos e os docentes do ensino superior saem à rua na próxima quarta-feira, dia 23 de outubro, em luta contra a precariedade na ciência e pela integração nas carreiras.
O protesto terá início, pelas 14h30, com uma concentração em frente ao Ministério da Educação, Ciência e Inovação, seguirá para a sede da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e terá como destino a Assembleia da República, onde haverá lugar para intervenções.
“Em causa está a falta de soluções efetivas e permanentes para a contratação de investigadores doutorados”, afirma o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), um dos patrocinadores do protesto.
A estrutura liderada por José Moreira lembra que apenas 15% dos investigadores com contrato de trabalho estão na carreira, enquanto os restantes têm contrato a prazo.
O retrato prossegue: “Há ainda um grande número de investigadores a trabalhar com bolsas de investigação ou outro vínculo ultra precário. Mais de 2000 investigadores doutorados vão ver, até final de 2025, os seus contratos ao abrigo do DL57/2016 e da L57/2017, chegarem auniver termo, seguindo-se muitos mais. O programa atualmente em vigor, o FCT-Tenure, vai cofinanciar apenas 1100 posições para contratações por tempo indeterminado, o que é insuficiente para as necessidades do sistema científico”.
A manifestação de âmbito nacional junta vários sindicatos e associações representativas dos trabalhadores científicos e docentes do ensino superior: SNESup, FENPROF, ABIC, STARQ, OTC, Universidade Comum, Precários Inflexíveis, ITQB NOVA Postdoctoral Association, Investigadores da FCUL, Núcleo de Investigadores da NOVA-FCT, Núcleo de Investigadores NinTec e Núcleo de Bolseiros e Investigadores Gestores da Ciência Nova FCSH).
