Um grupo de voluntários portugueses terminou a primeira fase de desenvolvimento de um ventilador de código aberto para as unidades de cuidados intensivos dos hospitais. Ou seja, os investigadores e engenheiros criaram um equipamento de emergência que pode ser produzido em qualquer geografia, com um valor de fabrico “muito inferior” ao do modelo padrão.
A ideia materializou-se com o contributo do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Nova, da Nova Medical School, do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde, da Harvard University e de dois engenheiros portugueses que trabalham para equipas de Fórmula 1, como Pedro Pinheiro de Sousa.
“A grande mais-valia deste ventilador é que pode ser construído rapidamente com recurso a componentes baratos e de fácil acesso, o que significa que pode ser produzido em massa e em qualquer parte do mundo, a um baixo preço e com grande rapidez”, explicam os mentores do projeto, no âmbito do “Project Open Air”.
Os detalhes da iniciativa foram explicados no artigo científico “Proof-of-concept of a minimalist pressure-controlled emergency ventilator for Covid-19“, depois de a equipa ter realizado uma prova de conceito bem-sucedida e de a patente ter sido registada em nome da Humanidade, “para que nenhuma entidade possa retirar proveitos económicos desta inovação”, conforme segundo a informação divulgada esta quarta-feira pelas instituições envolvidas.
O movimento por trás do “Project Open Air” pretende criar soluções com escalabilidade para o combate à pandemia de Covid-19. O trabalho dos voluntários passa, por exemplo, pela recuperação de ventiladores antigos que não estão a ser usados, tecnologia para assistência remota à população, suporte logístico, aplicações móveis, entre outros.
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