[weglot_switcher]

Investigadores portugueses criam modelos simplificados de ventiladores

Com um custo de produção inferior a mil euros, o MiniVent tem vindo a ser desenvolvido, desde março deste ano, pelos investigadores portugueses através de auto-organização, depois financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do programa Research 4 Covid 19, e, mais recentemente, financiados pela Agência Nacional de Inovação.
  • Lusa
30 Novembro 2020, 14h58

Uma equipa de investigadores portugueses criou modelos minimalistas de ventiladores com recurso a impressão 3D, no âmbito do projeto ‘MiniVent’ que junta cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT Nova) e da Nova Medical School da Universidade Nova de Lisboa (NMS).

A equipa de investigação responsável pelo projeto acredita que “estes ventiladores poderão vir a fazer grande diferença em sistemas de saúde de países onde não existam estes equipamentos, independentemente da evolução da pandemia”. Os testes aos ventiladores já terminaram e encontram-se agora mais perto de vir a ser certificados pelo Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

Com um custo de produção inferior a mil euros, o MiniVent tem vindo a ser desenvolvido, desde março deste ano, pelos investigadores portugueses através de auto-organização, depois financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do programe Research 4 Covid 19, e, mais recentemente, financiados pela Agência Nacional de Inovação.

Luís Gil, professor da FCT Nova, explica que o objetivo é “explorar, no futuro, formas de capacitar equipas locais de países com necessidades deste tipo de equipamentos para que possam montar os seus próprios ventiladores, pois estes são verdadeiramente simples de o fazer e de usar, são fiáveis e têm um custo relativamente baixo”.

Por sua vez, Pedro Póvoa, da NMS, sublinha que o “projeto vem colmatar duas potenciais necessidades: na eventualidade de se esgotarem os ventiladores convencionais, ter um equipamento alternativo; por outro lado, ter uma solução simples, segura e barata para países onde o acesso a ventiladores é frequentemente inexistente”.

O projeto também conta com a parceria da Universidade de Coimbra, através do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas e do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.