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Investigadores querem tornar croissant mais saudável

O Centro de Biotecnologia e Química Fina da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica e a empresa Celeste Actual estabeleceram uma parceria para desenvolver produtos que usem alternativas naturais em vez de conservantes, aromas e corantes sintéticos. A massa de brioche e a massa folhada são um alvo.
1 Dezembro 2021, 13h00

Foi você que pediu um croissant saudável…!? Os investigadores do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica no Porto e a empresa de panificação Celeste Actual querem satisfazer o pedido e para isso trabalham. NutriSafeLab é um projeto conjunto desta parceria Universidade-Empresa.
O projeto arrancou em janeiro de 2021 e tem a duração de 30 meses. O objetivo dos investigadores é melhorar o perfil nutricional e funcional dos produtos de pastelaria e panificação, através do desenvolvimento de uma linha de produtos onde conservantes, aromas e corantes sintéticos sejam substituídos por alternativas naturais, sempre que possível, multifuncionais.
É aqui que entra o croissant, o célebre pastel em massa folhada ou brioche com nome francês, mas que terá sido inventado na Áustria. “Espera-se entre os vários produtos inovadores a desenvolver novos tipo de massa “Healthyfat”, que inclui a massa folhada, que darão naturalmente origem a diversos produtos de pastelaria doce e salgada onde naturalmente se incluem os croissants”, revela Manuela Pintado, investigadora e diretora do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa no Porto, ao JE Universidades.
Na base do projecto está a necessidade da Celeste Actual se posicionar num mercado cada vez mais competitivo “com produtos inovadores de valor acrescentado como resposta às principais exigências do consumidor moderno por alimentos mais saudáveis e mais naturais”, explica Manuela Pintado. Isto é, acrescenta, “alimentos com reduzido número de aditivos, alimentos com ingredientes e aditivos de origem natural, e alimentos que possam combinar ingredientes funcionais com atividade biológica comprovada”.

Segundo a diretora do Centro de Biotecnologia e Química Fina, esta estratégia “engloba desde a seleção de um perfil nutricional mais equilibrado, com a redução do teor de lípidos saturados, por exemplo, até à incorporação de compostos funcionais que tragam benefícios para a saúde, para além do seu valor nutricional”.
NutriSafeLab é apoiado pelo COMPETE 2020 no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT empresarial na vertente de co-promoção, envolveu um investimento elegível de 724 mil euros, o que corresponde a um incentivo de 482 mil euros do FEDER.
A Escola de Biotecnologia conhecida pela experiência e know-how nos domínios da biotecnologia, biociências, segurança alimentar, nutrição e química analítica, terá uma participação “especialmente relevante em todas as atividades de investigação”, com a integração dos investigadores do seu laboratório associado CBQF. O caminho a percorrer pelos investigadores inclui a caracterização dos novos ingredientes e aditivos, o desenvolvimento dos novos produtos suportados por validação científica quanto aos seu potencial nutricional, benefícios para a saúde e garantia de valor sensorial e segurança e o apoio na análise de protótipos.
Numa fase posterior, o Centro de Biotecnologia e Química Fina e a Celeste Actual vão promover os resultados do projeto, que o consumidor aguarda com natural expectativa.

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