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Investimento imobiliário em Portugal deverá atingir os três mil milhões em 2021, estima Prime Yield

A consultora aponta os escritórios e a construção de habitação para arrendamento com os principais focos de interesse por parte dos investidores.
6 Maio 2021, 11h07

O investimento imobiliário em Portugal deverá atingir a marca dos três mil milhões de euros em 2021, superando assim os 2,8 mil milhões de euros registados no ano passado, num crescimento de 7%. As estimativas são apontadas pela consultora Prime Yield, na edição 2021 do “Guia de Investimento para SOCIMIs e SIGIs”.

Entre 2017 e 2019, o mercado imobiliário tinha apresentado valores superiores aos três mil milhões de euros, mas a chegada da pandemia de Covid-19 provocou uma quebra de 13% no ano passado. Ainda assim, e apesar de 2021 ter começado com os efeitos do confinamento, o que levou a “uma atitude de maior cautela por parte dos investidores”, a consultora aponta que continua a existir bastante liquidez para investir em imobiliário, “antecipando-se uma forte retoma da atividade de investimento na segunda metade do ano, liderada pelos investidores internacionais, mas com uma presença cada vez mais forte dos investidores nacionais”.

Entre os segmentos de maior interesse para investir destacam-se os escritórios, a logística, bem como a construção para arrendamento, mas também a hotelaria que continua a estar no radar dos investidores apesar dos problemas relacionados com a ocupação.

“Há uma mudança no radar dos investidores em hotéis, que estão agora especialmente direcionados para os ativos situados na zona do Algarve, em detrimento das localizações de Lisboa e Porto. Isto acontece porque antecipa-se uma recuperação mais rápida do segmento de turismo de sol-praia e golfe, caraterísticos da região Sul, sendo expectável que o turismo de negócios e urbano, onde Lisboa e Porto lideram, seja mais difícil de relançar”, explica Nelson Rêgo, CEO da Prime Yield.

Por outro lado, o responsável assum que na habitação “os setores das residências de estudantes e séniores, além do co-living, vão continuar a despertar interesse, estando já em desenvolvimento vários projetos e havendo algum produto a surgir no mercado. Mas a grande promessa é o build-to-rent, que tem um enorme potencial de crescimento”.

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