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Irão pede a Reino Unido que não seja cúmplice do “terrorismo económico” dos EUA

Na sexta-feira, os Guardas da Revolução iranianos anunciaram que tinham “confiscado” um petroleiro britânico, o “Stena Impero”, no estreito de Ormuz, por, disseram, “não respeito do código marítimo internacional”.
20 Julho 2019, 13h09

O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Mohamad Yavad Zarif, exigiu este sábado ao Reino Unido que deixe de ser “cúmplice” das sanções dos Estados Unidos contra o Irão.

A mensagem foi escrita na conta oficial do ministro na rede social ‘Twitter’, um dia após a captura pelo Irão de um petroleiro britânico no estreito de Ormuz.

“O Reino Unido deve deixar de ser cúmplice do terrorismo económico dos Estados Unidos”, escreveu Zarif na sua conta, em alusão às sanções impostas por Washington ao Irão depois de se retirar do acordo nuclear de 2015.

“Ao contrário da pirataria no estreito de Gibraltar, a nossa ação no golfo Pérsico é defender as regras marítimas”, escreveu também o ministro.

O petroleiro foi capturado na sexta-feira e hoje a França e a Alemanha já exortaram as autoridades iranianas a libertarem o petroleiro britânico.

Na sexta-feira, os Guardas da Revolução iranianos anunciaram que tinham “confiscado” um petroleiro britânico, o “Stena Impero”, no estreito de Ormuz, por, disseram, “não respeito do código marítimo internacional”.

Mas hoje uma autoridade do Governo iraniano disse que a captura do petroleiro foi uma resposta ao papel da Grã-Bretanha na captura de um superpetroleiro iraniano há duas semanas.

O porta-voz do Conselho dos Guardiões do Irão, Abbas Ali Kadkhodaei, citado pela agência de notícias semioficial Fars, disse que “a regra da ação recíproca é bem conhecida no direito internacional” e que o Irão se confronta com uma “guerra económica ilegitima” e a apreensão de petroleiros “é um exemplo desta guerra e baseia-se no direito internacional”.

O navio Stena Impero, de pavilhão britânico, está no porto de Bandar Abbas, no estreito de Ormuz, com os 23 tripulantes no seu interior por motivos de segurança, de acordo com os responsáveis iranianos.

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