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IRS: Vai entregar nos primeiros dias? Pense duas vezes

Porque todos os anos há mudanças e os imprevistos acontecem, não é garantido que o sistema informático não possa falhar. O melhor é deixar que possíveis falhas sejam detetadas na primeira quinzena e começar a entregar as declarações depois.
29 Março 2019, 15h20

Os contribuintes devem esperar até dia 15 de abril para começar a entregar a declaração de IRS, segundo os contabilistas contatados pelo Jornal Económico. É que a aplicação informática do fisco tem erros que só são corrigidos após as queixas apresentadas por estes profissionais, pelos cidadãos e pelos próprios funcionários da Autoridade Tributária, à medida que as pessoas vão entregando o IRS.

Ou seja, a aplicação da AT só estabiliza, defendem alguns contabilistas, por volta daquela data (15 de abril), dando conta que os simuladores costumam apresentar ainda erros e bugs na fase de arranque da campanha do IRS. Estes erros podem afetar as decisões dos contribuintes sobre, por exemplo, se devem entregar o IRS em conjunto ou em separado ou se devem englobar outros rendimentos ou não.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais confirma esta tendência: “Tendo em conta a forma como o sistema funciona, entregar na primeira ou na segunda semana, em termos de prazos de reembolso, acaba por ser o mesmo”, refere António Mendonça Mendes.

Questionado sobre os motivos deste desfasamento, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais adiantou que tal se deve ao facto de todos os anos se registarem algumas alterações nos formulários do IRS que apenas entram em velocidade cruzeiro de testes quando o prazo de entrega arranca, ou seja, os testes são feitos em “ambiente real”.

Neste contexto, acrescentou, “é normal que o sistema esteja a funcionar melhor e na sua plenitude a partir da segunda semana”, sendo nessa altura que, apesar de o número de acessos aumentar, “o sistema responde mais rápido e os reembolsos são mais rápidos”.

A entrega do IRS começa no primeiro dia de Abril e prolonga-se pela primeira vez até 30 de Junho. No ano passado, o prazo médio de reembolso foi de 11 dias e o objectivo do Governo é mantê-lo.

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