Trabalhar menos horas sem perder o salário? A Islândia fez o teste e assegura que também não há perda de produtividade para as empresas, de acordo com a “Bloomberg”.
Os resultados de dois modelos de testes mostram que, apesar da redução horária, não existe perda de produtividade ou declínio dos níveis de serviço. Os funcionários admitem que se sentem menos stressados e que conseguem ter um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional.
Este é um modelo que muitos países já começaram a testar, de forma a aumentar a produtividade dos trabalhadores com um dia a mais de descanso. O relatório islandês para a redução das horas fez repensar como as tarefas seriam concluídas, o que envolvia uma redução de reuniões de equipa, substituindo-as por e-mails mais diretos, reorganizar turnos ou acabar com tarefas não necessárias.
No fim de 2019, a primeira-ministra finlandesa defendeu uma semana de trabalho mais curta, com os empregados a trabalharem apenas quatro dias por semana e descansarem três. O objetivo seria melhorar a produtividade dos trabalhadores e os seus relacionamentos, mas a medida nunca avançou.
Mas esta medida já estava a ser implementada pela Microsoft no Japão e desde o ano passado que também vigora na empresa espanhola Delson. Em 2020, os 181 funcionários trabalhavam oito horas durante quatro dias da semana e descansavam três.
Os dois estudos foram realizados entre 2015 e 2019, tendo reduzido a carga horária de 40 para 35 horas semanais, mantendo o mesmo salário. Nos estudos estiveram envolvidos 2.500 trabalhadores, pouco mais de 1% da população ativa do país, e os resultados mostraram que o bem-estar destes funcionários “aumentou drasticamente”.
Depois da apresentação dos resultados do estudo, 86% da população ativa da Islândia optou por negociar pelas suas empresas ou alterou definitivamente o seu horário laboral para 35 horas semanais.
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