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ISQ desenvolve projetos para uma agricultura inteligente em Portugal

Com a plataforma integrada ‘InteliCROP, o presidente do ISQ, Pedro Matias, garante que “é possível potenciar as capacidades dos métodos de observação da Terra e métodos de inteligência artificial, o que vem permitir identificar padrões e correlações em dados agro-climáticos específicos para mapeamento de ocorrências na agricultura”.
21 Abril 2020, 07h15

O ISQ – Instituto de Soldadura e Qualidade está a desenvolver diversos projetos e soluções para fomentar a agricultura inteligente em Portugal.

Um desses projetos é o ‘InteliCROP – ESA SMALL ARTES’, em que o ISQ tem soluções que visam fornecer recursos e serviços tecnológicos de apoio à decisão para uma agricultura sustentável e inteligente, ajudando a elaborar ações preventivas contra problemas fitossanitários.

“O setor agrícola enfrenta vários desafios relacionados com a  crescente variabilidade das condições climáticas, diretamente associada à dinâmica do crescimento das culturas, saúde vegetal, doenças e influxos de pragas”, sublinha um comunicado do ISQ.

“Está em causa melhorar a monitorização de variáveis agrícolas, fornecendo informações e previsões confiáveis ​​sobre a produção, indicadores agrícolas, índices de vegetação, ou riscos fitossanitários, com a devida antecedência, para facilitar respostas e planeamento de contingência que possam proteger as culturas”, sublinha Pedro Matias, presidente do ISQ.

“Com a plataforma integrada ‘InteliCROP, “é possível potenciar as capacidades dos métodos de observação da Terra e métodos de inteligência artificial, o que vem permitir identificar padrões e correlações em dados agro-climáticos específicos para mapeamento de ocorrências na agricultura”, continua Pedro Matias.

De acordo com o referido comunicado, “esta solução destina-se a agricultores, técnicos agrícolas, cooperativas ou associações e direções regionais, não descartando consultores, institutos de pesquisa ou mesmo companhias de seguros”.

Outro exemplo de inovação na agricultura, consiste na transferência de conhecimento científico e tecnológico para a promoção da competitividade da Região Norte, nomeadamente do tecido empresarial.

“Este projecto (MAIS Tec – um consórcio constituído pelo ISQ, SANJOTEC, Universidade de Aveiro, e a Tecminho) encontra-se alinhado com a especialização presente na região Entre o Douro e o Vouga, apostando na transferência de conhecimentos científicos e tecnológicos do sistema de I&I para as empresas. Um suma, fomenta a promoção da qualificação da região por via da tecnologia”, adianta o comunicado.

Os responsáveis do ISQ destacam que, ao continuar na senda da tecnologia neste setor, a investigação de ponta também pode ser aplicada a estufas.

“Neste sentido, o ISQ desenvolveu ainda um dispositivo IoT [”internet’ das coisas’], uma plataforma digital para a monitorização de estufas: a ‘SmartGreenHouse’. O objetivo é contribuir para uma agricultura sustentável por via do aumento do conhecimento dos meios de cultura e variáveis intervenientes”, assegura o ISQ.

“O dispositivo IoT permite medir em tempo real diversos indicadores, e.g. temperatura, humidade do ar, luminosidade, humidade no solo (cultura em substrato), electrocondutividade da solução de irrigação (cultura em hidroponia), pH da solução de irrigação (cultura em hidroponia), CO2, O2, qualidade do ar”, explica Pedro Matias.

Com esta solução, “os dados medidos são enviados via ‘wireless’ para uma base de dados integrada na plataforma digital”.

“A plataforma desenvolvida permite visualizar o histórico de dados, monitorizar em tempo real as variáveis medidas, ou implementar modelos avançados para processamento e análise de dados. Assim, os resultados são disponibilizados num ‘interface web’, com possibilidade de também serem apresentados numa aplicação ‘android’”, garantem os responsáveis do ISQ.

De acordo com o freferido comunicado, “os termos ‘Inteligência Artificial’, ‘Big Data’, ‘Machine Learning’ e ‘Internet das coisas’ estão na ordem do dia em distintos setores e serviços e um dele é a agricultura”.

“É o mundo digital a revolucionar o que cultivamos e como e quando o devemos fazer, trazendo vantagens relacionadas com diminuição de perdas, aumento de produção, rastreabilidade e precisão”, conclui o comunicado do ISQ.

 

 

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