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Israel ataca posições iranianas na Síria

Sob o novo governo de coligação, Israel tem-se mostrado muito ativo na frente militar: depois de um ataque cirúrgico na Faixa de Gaza, foi agora a vez de um posto avançado sírio usado por milícias iranianas.
  • Orçamento da defesa: 15,6 mil milhões de dólares
17 Junho 2021, 18h10

Tanques israelitas destruíram um posto avançado usado por milícias iranianas junto à fronteira com a Síria, segundo avança a comunicação social local, que diz ainda que as forças do Estado hebraico também atacaram a base militar síria próxima do posto. As Forças de Defesa de Israel (FDI) recusaram comentar o assunto, diz por seu turno a imprensa israelita, que explica que o Exército nunca reconhece oficialmente ataques específicos na Síria, exceto se estes se derem em retaliação a ataques contra Israel.

De acordo com o canal sírio Enab Baladi, o posto de observação, localizado a cerca de 150 metros da fronteira, estava oficialmente sob o controle da 90ª Brigada do 1º Corpo de Exército da Síria, mas era usado com frequência por milícias ligadas ao Irão, notadamente pelos libaneses do Hezbollah – acusado há muito de fazer a ponte entre Teerão e os seus agentes na síria.

Os desentendimentos fronteiriços são comuns. Ainda a 1 de junho, as FDI disseram ter destruído outro posto de observação do regime sírio que estava situado no lado israelita da linha de separação nas Colinas de Golã.

Os militares “destruíram um posto de observação avançado do exército sírio que foi instalado numa área israelita a oeste da linha Alfa nas Colinas de Golan”, escreveu na altura, no Twitter, o porta-voz do Exército, Avichay Adraee. E acrescentou que Israel não “toleraria qualquer tentativa de violar a soberania” do Estado hebraico.

Israel realizou centenas de ataques na Síria nos últimos anos, principalmente contra as forças iranianas e libanesas do Hezbollah, bem como contra as tropas do governo sírio. Os militares disseram terem atingido cerca de 50 alvos na Síria apenas no ano de 2020.

A intenção de Israel é evitar que o Irão, um dos principais aliados do governo de Bashar al-Assad na guerra civil de mais de uma década, consiga sustentar posições militares permanentes junto à fronteira, o que é considerado um intolerável ato de guerra contra o país. As Colinas de Golan, recorde-se, foram ocupadas por Israel durante a Guerra dos Seis Dias (1967), nunca tendo sido devolvidas à Síria.

Este é o segundo envolvimento militar do novo governo de Israel, que tomou posse esta semana e que aparenta estar preparado para responder pelas armas a qualquer quebra de segurança do país. O primeiro, esta terça-feira, surgiu como resposta ao lançamento de foguetes incendiários lançados a partir da Faixa de Gaza contra o sul de Israel.

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