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Israel: cessar-fogo parece ter passado à história

As forças de defesa de Israel emitiram esta manhã ordens de evacuação de algumas zonas da Faixa de Gaza, o que indica que o cessar-fogo terminou, pelo menos na ótica de Israel.
epaselect epa11837257 People gather to watch the military helicopter carrying three Israeli female hostages, Romi Gonen, Emily Damari and Doron Steinbrecher land at Sheba Medical Center in Ramat Gan, Israel, 19 January 2025. The three Israeli female hostages, Romi Gonen, Emily Damari and Doron Steinbrecher received medical treatment after crossing into Israeli territory and met with their families at Sheba Medical Center where they will continue their medical rehabilitation. Israel and Hamas agreed on a hostage release deal and a Gaza ceasefire to be implemented on 19 January 2025. EPA/ABIR SULTAN
18 Março 2025, 12h02

As forças de defesa de Israel (IDF) emitiram ordens de evacuação para algumas zonas da Faixa de Gaza, regressando a uma atuação que foi repetidamente usada durante os piores dias da guerra na Palestina. Para os analistas, esta atuação parece implicar que, pelo menos na ótica de Israel, o cessar-fogo parece ter sido suspenso.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu concluiu uma avaliação situacional na sede da IDF em Telavive, informou o seu gabinete, tendo sido acompanhado pelo ministro da Defesa Israel Katz, pelo Chefe do Estado-Maior das forças, tenente-general Eyal Zamir, e pelo seu secretário militar, Maj. General Roman Gofman.

O gabinete do primeiro-ministro diz que “chefes de segurança” estiveram presentes, mas o chefe do Shin Bet, Ronen Bar — que Netanyahu diz que vai demitir esta semana — não parece estar presente.

Entretanto, o ministro das Relações Exteriores, Gideon Sa’ar, elogiou a renovada campanha militar em Gaza, dizendo que sem pressão militar, a situação em relação ao Hamas teria “permanecido estagnada”. “Se tivéssemos continuado à espera a situação teria permanecido estagnada”, disse o ministro das Relações Exteriores em conferência de imprensa.

Sa’ar referiu que as circunstâncias atuais o “lembraram fortemente” dos primeiros 20 dias da guerra antes da incursão terrestre em Gaza, “quando havia esperança de que talvez o Hamas concordasse com um acordo. Se não usássemos a força – nada acontecia.” Enquanto Israel fez “esforços sinceros” para avançar nas negociações de cessar-fogo, o Hamas rejeitou essas propostas”, diz Sa’ar.

“Nas últimas duas semanas e meia, chegámos a um impasse – não há ataques aéreos nem o retorno de reféns, e isso é algo que Israel não pode aceitar”, continua o ministro das Relações Exteriores, acrescentando que o regresso aos combates “é uma continuação do nosso comprometimento em atingir os objetivos da guerra. Os objetivos da guerra permanecem inalterados”.

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