O Presidente norte-americano, Donald Trump, vai abandonar a cimeira do G7 no Canadá na madrugada de hoje, um dia antes do previsto, devido ao conflito entre Israel e Irão, segundo a Casa Branca.
“Foi alcançado muito, mas devido ao que está a acontecer no Médio Oriente, o Presidente Trump vai partir esta noite [madrugada em Lisboa], após o jantar com os chefes de Estado”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, nas redes sociais.
“O Presidente Trump teve um grande dia no G7, chegando mesmo a assinar um importante acordo comercial com o Reino Unido e o primeiro-ministro Keir Starmer”, salientou.
Trump e Starmer assinaram hoje um acordo comercial que reduzirá as tarifas sobre os produtos de ambos os países.
O acordo não inclui tarifas sobre o aço, um produto especialmente importante do comércio bilateral.
Ainda estão em curso negociações sobre se as tarifas sobre o aço serão reduzidas a zero, como planeado no acordo provisório, noticiou a agência Associated Press (AP).
Os membros do G7 – Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá – reúnem-se anualmente para discutir questões económicas e geopolíticas mundiais.
Na estância canadiana de Kananakis, nas Montanhas Rochosas, Trump tinha previsto encontros com a Presidente do México, Claudia Sheinbaum, e com o líder da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que estavam entre os convidados.
Mark Carney, chefe do governo canadiano, será também o anfitrião do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o que foi uma surpresa depois de Trudeau o ter responsabilizado, no final de 2023, pela morte de um líder independentista ‘sikh’ que vivia no Canadá.
Além de Zelensky, Sheinbaum e Modi, Carney convidou para Kananaskis Anthony Albanese (Austrália), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Lee Jae-myung (Coreia do Sul) e Cyril Ramaphosa (África do Sul).
Os líderes do grupo chegaram domingo ao Canadá para uma reunião num contexto de guerra alargada no Médio Oriente.
A reunião decorre quando Israel e Irão se atacam mutuamente, depois de uma primeira ofensiva israelita sobre instalações do programa nuclear iraniano, na madrugada de sexta-feira, e sucessivos ataques retaliatórios de Teerão com mísseis contra cidades em Israel.
A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.
Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.
O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.
O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.
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