O ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, declarou que votará contra um acordo de cessar-fogo com o Hamas, que inclui a libertação de reféns mantidos em Gaza e de prisioneiros palestinianos.
“Emoções confusas numa manhã complexa”, escreveu Smotrich na sua conta na rede social X.
Por um lado, o ministro disse sentir “imensa alegria” com a libertação dos reféns mantidos na Faixa de Gaza, mas, ao mesmo tempo, manifestou “grande medo” sobre as “consequências de esvaziar as prisões e libertar a próxima geração de líderes terroristas, que farão todo o possível para continuar a derramar rios de sangue judeu”.
“Só por esta razão, não podemos aderir às comemorações míopes nem votar a favor do acordo”, acrescentou o ministro, sublinhando que Israel tem a “tremenda responsabilidade” de “continuar a lutar com todas as suas forças” após o regresso dos reféns.
Segundo o ministro, o objetivo a alcançar é a “erradicação do Hamas” e o “desarmamento de Gaza”, para que deixe de representar “uma ameaça a Israel”.
Israel e o Hamas acordaram na quarta-feira à noite a fase inicial do cessar-fogo na Faixa de Gaza, após negociações na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh com a mediação do Egito, Qatar, Estados Unidos e Turquia.
Esta primeira fase da trégua contempla a retirada do exército israelita para uma “linha amarela” demarcada pelos Estados Unidos, que forma um perímetro entre 1,5 e 6,5 quilómetros de profundidade a partir da fronteira entre Israel e Gaza.
Segundo o jornal israelita Haaretz, cerca de 20 reféns vivos poderão ser libertados entre sábado e domingo, enquanto o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que todos os reféns, incluindo os que morreram, vão abandonar o enclave na segunda-feira.
Uma fonte do Hamas disse à agência de notícias espanhola EFE que, em troca, Israel deverá libertar cerca de 1.950 prisioneiros palestinianos, incluindo 250 condenados a prisão perpétua, e cerca de 1.700 detidos em Gaza.
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