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Itália vai multar utilizadores que assistam aos jogos através de conteúdos pirateados

O objetivo da liga italiana é impedir um negócio ilegal que representa um prejuízo avultado para a competição – 200 milhões de euros por temporada, segundo as estimativas avançadas pelo jornal italiano “Gazzetta dello Sport”.
Foto Pedro Nunes/Reuters
28 Janeiro 2021, 12h30

Com os clubes e competições a perderem cada vez mais dinheiro com as transmissões ilegais dos jogos, a Liga italiana de futebol (Série A) quer multar todos os utilizadores que recorram aos serviços de pirataria para assistir aos encontros, segundo o portal “Palco 23”.

O objetivo da liga italiana é impedir um negócio ilegal que representa um prejuízo avultado para a competição – 200 milhões de euros por temporada, segundo as estimativas avançadas pelo jornal italiano “Gazzetta dello Sport”.

A liga italiana em conjunto com a Guardia di Finanza iniciou uma investigação às ofertas de conteúdo pirateado, depois de verificar mais de quatro mil propostas nas últimas duas temporadas. Como resultado desse trabalho, cerca de 130 servidores foram encerrados em Itália e 280 no exterior.

O presidente executivo da Serie A, Luigi De Siervo, explica que “se nas outras ligas europeias o bloqueio de servidores ocorre apenas durante o jogo, o nosso país é o único em que é possível ativar bloqueios permanentes contra os principais servidores e todas as variações que lhes são atribuídas”.

“Bloqueámos mais de 2.200 endereços de IP”, detalha De Siervo, “um resultado que confirma que estamos na vanguarda desta batalha”. “Já não se trata de mais uma simples pirataria, mas de um crime cibernético, uma praga que tem vindo a aumentar nos últimos anos. Desta forma, o futebol atua para proteger toda a economia italiana”, explica.

O próximo passo será identificar o utilizador final, com o objetivo de que quem utilizar um serviço de IPTV, ao violar o artigo sobre proteção de direitos de autor, possa ser processado e julgado com base na legislação que prevê penas de seis meses a três anos de prisão e multas de 2.582 euros a 25.822 euros.

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