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IVA zero. “Houve preços que aumentaram de véspera”. Luís Montenegro alerta para ineficácia da medida

À saída de uma visita ao Mercado Municipal da Brandoa, na Amadora, o líder da oposição referiu que se confirmou a sua previsão de que “era preciso não dar uma expectativa às pessoas” em torno desta suspensão do IVA nestes produtos alimentares e concretizou aquilo que observou nesta superfície comercial.
Cristina Bernardo
18 Abril 2023, 12h14

Luís Montenegro, presidente do PSD, alertou para o impacto reduzido da suspensão do IVA em 46 bens alimentares, medida que entrou em vigor esta terça-feira em todas as superfícies comerciais do país.

A medida que isenta de IVA um cabaz de 46 alimentos considerados essenciais entra em vigor esta terça-feira nos espaços comerciais. A lista de produtos alimentares que passarão a estar isentos de IVA – na sequência de um pacto tripartido assinado entre o Governo e os setores da produção e da distribuição alimentar – inclui legumes, carne e peixe nos estados fresco, refrigerado e congelado, assim como arroz e massas, queijos, leite e iogurtes e frutas como maçãs, peras, laranjas, bananas e melão, três tipos de leguminosas, ou ainda, entre outros, bebidas e iogurtes de base vegetal.

À saída de uma visita ao Mercado Municipal da Brandoa, na Amadora, o líder da oposição referiu que se confirmou a sua previsão de que “era preciso não dar uma expectativa às pessoas” em torno desta suspensão do IVA nestes produtos alimentares e concretizou aquilo que observou nesta superfície comercial.

“Hoje testemunhei que as alterações de preço são inexistentes e que em alguns produtos houve um aumento de véspera de forma a compensar aquilo que foi a descida do IVA de 6% para 0%”, alertou o presidente do PSD reforçando que “não é por aqui que os cidadãos vão ter um acesso mais facilitado a bens essenciais como a alimentação, energia, combustíveis, etc”.

Para o líder social-democrata, a medida fiscal “mais eficiente” passa por uma descida dos impostos sobre os rendimentos do trabalho: “Com essa descida do IRS, as pessoas vão ter mais disponibilidade financeira para fazer face às suas despesas”, concluiu.

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