O Parlamento aprovou hoje a redução do IVA para 0% num cabaz de bens considerados essenciais. A medida, que custará aos cofres públicos cerca de 410 milhões de euros, entrará em vigor a 18 de abril. Nenhuma força política votou contra.
A diminuição do IVA nos produtos de primeira necessidade (como o pão, as frutas e os legumes) foi defendida por várias vozes ao longo do último ano, mas o Governo recusou-a com o argumento de que haveria o risco desse alívio fiscal ser absorvido (por exemplo, pela distribuição) antes de chegar ao bolso do consumidor.
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Foi isso que aconteceu no início do ano em Espanha, comprovando-se o receio do Executivo de António Costa, que em março surpreendeu, contudo, o país anunciando que iria avançar com aquilo que rejeitara.
Aos jornalistas, o ministro das Finanças explicou que continua a defender que a redução do IVA sozinha correria o risco de não ter impacto no preço ao consumidor, daí que o Governo tenha celebrado com a produção alimentar e com a distribuição um acordo no qual as partes se comprometem a fazer refletir o alívio fiscal no valor fixado nas prateleiras.
Já com esse entendimento selado, a medida foi aprovada no Parlamento na semana passada na generalidade, tendo passado esta semana na especialidade.
Esta quinta-feira regressou ao plenário e foi aprovada na votação final, seguindo agora para o Chefe do Estado. De notar que votaram a favor o PS, Chega e Iniciativa Liberal. Já o PSD, PCP, Bloco de Esquerda, PAN e Livre abstiveram-se. Ninguém votou contra.
De acordo com a lei que recebeu “luz verde”, todos os supermercados e hipermercados terão de estar prontos para baixar o IVA para 0% nos produtos selecionados a 18 de abril.
Os bens que fazem parte desse cabaz são:
Esta medida custará aos cofres do Estado 410 milhões de euros, aos quais se somam 140 milhões de euros destinados a um apoio à produção agrícola previsto no referido acordo em torno dos preços.
Além desta medida, para ajudar as famílias a enfrentarem a infração, o Governo anunciou um aumento salarial extra para os funcionários públicos (com retroativos a janeiro), um reforço do subsídio de refeição desses trabalhadores e um apoio social novo de 30 euros por mês.
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