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Japão disponível para investir em gasoduto no Alasca para “cair nas boas graças” de Trump

A Reuters refere que apesar do Japão ter dúvidas sobre a viabilidade deste gasoduto, o país está disponível para investir caso seja solicitado. Objetivo pode passar por evitar tarifas norte-americanas mas também a diversificação do fornecimento de gás à Rússia e países do Médio Oriente.
31 Janeiro 2025, 12h04

O Japão mostrou-se disponível para investir num gasoduto, localizado no Alasca, que deve mobilizar um investimento de 44 mil milhões de dólares, de modo a “cair nas boas graças” do presidente norte-americano Donald Trump, e com isso evitar ser atingido por tarifas norte-americanas, avança esta sexta-feira a agência noticiosa Reuters.

Este deve ser um tema a abordar no encontro que Trump deve ter com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, na próxima semana, adianta a Reuters.

Contudo a agência noticiosa diz que apesar do Japão ter dúvidas relativamente à viabilidade deste gasoduto, que deve ter 800 milhas (1.287 quilómetros), o país asiático mostra-se preparado para explorar um acordo caso seja solicitado.

Este pode ser um dos compromissos dos japoneses, para além da compra de mais gás aos Estados Unidos, ao aumento da sua despesa na área da defesa e também investimento no sector da manufatura norte-americana, refere a Reuters, com o objetivo de reduzir o défice comercial de 56 mil milhões de euros que existe com os Estados Unidos, e com isso evitar a aplicação de tarifas dos Estados Unidos ao Japão.

A Reuters lembra que uma das ordens executivas, que já foi assinada por Trump, estava ligada aos recursos existentes no Alasca, onde se incluía a venda e transportes de gás, do Alasca, para outras regiões nos Estados Unidos, bem como para nações do Pacífico que fossem aliadas dos norte-americanos.

A agência noticiosa acrescenta que apesar do Japão já ter um acesso abundante a gás, este gasoduto no Alasca, pode ajudar o país asiático a diversificar o seu fornecimento, ficando menos dependente de países e regiões como por exemplo a Rússia e o Médio Oriente.

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