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JB Capital diz que resultados da Mota-Engil surpreenderam pela positiva e eleva price-target para 7,10 euros

“A empresa já atingiu os seus objetivos para 2026 com um ano de antecedência e anunciará um novo plano estratégico para 2026-2030 no primeiro trimestre de 2026, o que poderá funcionar como um catalisador positivo para as ações”, refere o banco de investimento.
Mota-Engil
Mota Engil (10º lugar)
21 Novembro 2025, 17h02

O JB Capital Markets emitiu uma nota onde volta a elevar o price-target, desta vez para 7,10 euros porque a Mota-Engil “apresentou um bom conjunto de resultados” no final do terceiro trimestre.

“A empresa já atingiu os seus objetivos para 2026 com um ano de antecedência e anunciará um novo plano estratégico para 2026-2030 no primeiro trimestre de 2026, o que poderá funcionar como um catalisador positivo para as ações”, refere o banco de investimento.

A casa de investimento com sede em Madrid mantém recomendação de “Buy” para as ações da construtora.

Noutra nota, divulgada na semana passada, a JB Capital Markets elevou a avaliação da Mota-Engil para o final de 2026 em 13% para 7,00 euros por ação, com uma recomendação de “comprar”.

A JB Capital Markets destaca que o EBITDA ficou 6% acima das suas expectativas, graças a uma margem 1,2 superior em dois pontos percentuais (pp). “Esta melhoria foi particularmente evidente em África (1,4 pp acima da nossa previsão), suportada por um maior contributo da engenharia industrial (37% das vendas do 3º trimestre versus 34% no 2º trimestre), um segmento com margens mais elevadas”, diz a nota de research.

Os analistas destacam também o anunciado aumento da margem EBITDA de 16% para 17% para o conjunto de 2025.

“A Mota-Engil apresentou um bom conjunto de resultados no 3º trimestre de 2025. As vendas ficaram em grande parte alinhadas com a nossa estimativa, uma vez que as vendas mais pequenas na Europa e na América Latina foram compensadas por um desempenho ambiental mais forte. No entanto, o EBITDA superou a nossa estimativa em 6%, com margens 1,2 pontos percentuais superiores”. lê-se na nota.

A empresa elevou a sua projeção de margem EBITDA para o ano fiscal de 2025 para 17% (de 16% anteriormente).

Para o ano fiscal de 2025, a empresa prevê um “declínio de um dígito médio” nas receitas, o que significa uma queda percentual na casa dos 4%-6%. “No entanto, a empresa espera que as receitas voltem a crescer no ano fiscal de 2026, impactada por uma base comparável elevada na América Latina e na Europa, em linha com a nossa estimativa de uma queda de 7% nas vendas em relação ao ano anterior”, diz o JB Capital.

“A entrada de encomendas foi forte, atingindo 2,3 mil milhões de euros no 3T25 (1,7x a relação entre encomendas e faturação), elevando a carteira de encomendas para 15,7 mil milhões de euros (aproximadamente 2,5 anos de vendas), com 60% localizados em África, proporcionando uma sólida visibilidade de vendas. Observamos que este valor ainda não inclui contratos significativos recentemente adjudicados no Brasil e no México, no valor aproximado de 2,5 mil milhões de euros. Após este resultado acima do esperado, elevámos em 1% a nossa projeção de EBITDA para o ano fiscal de 2025, devido às margens mais fortes, o que resulta numa alteração de 1% na nossa projeção de preço-alvo para 7,1 euros/ação”, explicam os analistas.

A Mota espera uma queda de um dígito médio nas vendas, refletindo principalmente os efeitos de cronograma em projetos importantes e aumentos de produção em Portugal e no México. No entanto, a empresa prevê uma recuperação completa no ano fiscal de 2026. “Esta perspetiva é consistente com a nossa estimativa de vendas para o ano fiscal de 2025 de -7% em relação ao ano anterior”.

“Reiteramos a nossa recomendação de Compra, uma vez que ainda consideramos as ações atrativas, negociadas a 3,8x o EV/EBITDA estimado para o ano fiscal de 2026, com fortes perspetivas de crescimento, um CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta) de EBITDA de +7% entre os anos fiscais de 2025 e 2028, e uma boa visibilidade da carteira de encomendas (2,8 anos de vendas), principalmente em África, onde se tornou o maior empreiteiro do setor mineiro”, refere.

A Mota-Engil registou um resultado líquido recorde de 92 milhões de euros até setembro, o que representa um aumento de 20% face aos 77 milhões apurados no mesmo período do ano passado, “o melhor desempenho de sempre em nove meses”.

O grupo liderado por Carlos Mota dos Santos referiu que o volume de negócios recuou 1,4%, em termos homólogos, para 4.090 milhões de euros, “impactado por um ajuste mid-single digit – que se espera que recupere totalmente em 2026 – refletindo os efeitos temporais de adjudicações e início de projetos cruciais em Portugal e no México”.

Já o EBITDA aumentou 15% para 699 milhões de euros, o que a Mota-Engil diz traduzir “níveis recorde de rentabilidade alcançados nos primeiros nove meses do ano”, com a margem a melhorar de 15% para 17%.

Por geografias, o melhor desempenho foi conseguido em África, onde o grupo registou um crescimento de 57% da faturação para 1.616 milhões de euros, tendo o EBITDA gerado nesta região aumentado 62% para 405 milhões.


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