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JE e Multipessoal promovem conferência sobre a adaptação das competências assente na educação

Conferência será transmitida através da plataforma JE TV e das contas do Jornal Económico nas principais redes sociais, a partir das 15h00 desta quarta-feira, 9 de junho.
  • Conferência adaptação das competências assente na educação
9 Junho 2021, 07h30

O Jornal Económico (JE) promove esta quarta-feira,  uma webconference, em conjunto com a empresa de recrutamento Multipessoal, sobre “a adaptação das competências assente na educação”, que terá como tema central as principais tendências de evolução das necessidades de recursos humanos demonstradas pelo mercado, assim como as perspetivas futuras, e a forma como o sistema de ensino se adapta para as satisfazer e para antecipar o comportamento da procura.

O debate conta com a participação do secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa; de André Ribeiro Pires, chief operating officer da Multipessoal; de Céline Abecassis-Moedas, diretora da Formação de Executivos da Católica Lisbon School of Business & Economics; de Pedro Brito, associate dean para Executive Education and Business Transformation da Nova School of Business and Economics; e de Elmano Margato, presidente do Politécnico de Lisboa. A moderação estará a cargo de Ricardo Santos Ferreira, editor do Jornal Económico.

A mudança já era uma característica que podia ser identificada no mercado de trabalho, antes da pandemia de Covid-19, com as empresas a procurarem competências específicas, nomeadamente relacionadas com tecnologia, e o preenchimento de novas posições, que a evolução dos negócios obrigava a criar. A crise pandémica, acelerou tendências.

“A pandemia veio trazer novos desafios aos que já existiam”, diz André Ribeiro Pires, ao JE, explicando que “já se verificava uma escassez generalizada dos perfis especializados e principalmente os mais qualificados, em grande parte causada pela crescente procura por multinacionais que escolheram Portugal para albergar os seus centros de trabalho, mas também pela reduzida entrada de novos perfis no mercado”.

“A esta realidade juntaram-se agora dois efeitos que transformaram totalmente o mercado de trabalho: em primeiro lugar verifica-se uma maior resistência nos candidatos a uma mudança e emprego que é igualmente afetada por uma maior contenção por parte das empresas no momento de apresentação de propostas adequadas à oferta. Em segundo lugar, está a verificar-se uma escassez generalizada dos perfis menos especializados, em grande parte pelas políticas sociais que garantem a extensão dos subsídios de desemprego levando a que os candidatos optem por não perder o mesmo em detrimento de uma oportunidade de trabalho”, acrescenta.

É esta a realidade a que o sistema de ensino procura adaptar-se, alterando os seus currículos e a fazendo-o mais rapidamente, para responder às necessidades, não só para aqueles que vão entrar no mercado de trabalho, como para os que nele já se encontram e que necessitam de investir na requalificação.

No quadro da aquisição de competências para o mercado de trabalho, o sistema de ensino pré-universitário tem uma importância fulcral: segundo um estudo recentemente divulgado pela Fundação José Neves, cerca de 47,8% dos portugueses adultos concluíram, no máximo, o ensino secundário e estão no mercado de trabalho.

O mesmo estudo aponta que ainda existe um desalinhamento entre a oferta educativa e as competências que ministra e a procura do mercado do trabalho, já que 19,4% dos jovens que terminaram recentemente o ensino superior não estão empregados e 15% de recém-diplomados estão a desempenhar funções para as quais são sobre qualificados. Acrescenta, ainda, que há trabalho a fazer na requalificação, incluindo de sensibilização, porque, no final do ano passado, quando foi feito o estudo, apenas 10,5% dos adultos no mercado de trabalho tinham algum tipo de formação e, mais preocupante, pouco mais de 4% dos que o fizeram tinham qualificações inferiores ao ensino superior.

A webconference sobre “a adaptação das competências assente na educação” será transmitida através da plataforma JE TV e das contas do Jornal Económico nas principais redes sociais, a partir das 15h00.

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