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Jeff Johnson: “Temos de garantir que atividade económica tem de servir a sociedade”

O economista da Organização Internacional do Trabalho defende que atividades como a Uber ou Airbnb estão a trazer novos desafios ao mercado do trabalho e avisa que é preciso garantir que o emprego é digno e produtivo.
30 Julho 2018, 09h44

Com a robotização da economia a provocar grandes mudanças no mundo do trabalho, em conjunto com as novas atividades baseadas nas plataformas digitais a surgirem como uma oportunidade para o futuro, o desafio passa por assegurar um emprego digno e que respeite os direitos dos trabalhadores.  É esta opinião que Jeff Johnson, economista da Organização Internacional do Trabalho, refere em entrevista ao jornal “Público”, esta segunda-feira.

“Temos de garantir que atividade económica tem de servir a sociedade e não outra coisa qualquer. Temos de garantir que estas atividades acrescentam valor às nossas sociedades”, afirma. Sobre a forma como os Governos podem fazer face aos problemas laborais, que estão a emergir destas plataformas, o economista afirma que “a resposta tem de ser encontrada não só pelos Governos, mas em diálogo com as empresas e com os trabalhadores”.

“É preciso saber como adaptamos estas formas alternativas de trabalho, garantindo que o trabalho é digno e produtivo”, salienta Jeff Johnson.

Em relação ao processo de robotização poder vir a excluir empregos no futuro, ao mesmo tempo que cria novas oportunidades laborais, o economista sublinha que “o emprego estará muito assente em competências relacionadas com a capacidade de trabalhar em equipa, de levar as pessoas a comprar bens e serviços e com a capacidade de interação”.

No entanto, Jeff Johnson refere que “os empregos na área da saúde e da assistência, do entretenimento, do lazer ou da hotelaria vão continuar a existir”.

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