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João Costa. O “ministro por detrás do ministro” que finalmente substitui Tiago Brandão Rodrigues

Defensor da escola pública em toda a sua plenitude, impulsionador do ensino profissional, tem pela frente entre outros desafios o envelhecimento da classe docente e a necessidade de atrair jovens para a profissão de professor.
23 Março 2022, 20h51

O novo ministro da Educação conhece como ninguém os cantos à casa, tendo algumas vezes no passado sido referido como “o ministro atrás do ministro” Tiago Brandão Rodrigues, a quem sucede.

João Costa integrou o XXI Governo Constitucional, o primeiro liderado por António Costa, como secretário de Estado da Educação em 26 Novembro de 2015, assumindo em 2019 a função de secretário de Estado Adjunto e da Educação, cargo que exercia até à data.

Doutorado em Linguística pela Universidade de Leiden, na Holanda, é professor catedrático na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que também dirigiu. Anteriormente, presidiu ao Conselho Científico das Ciências Sociais e Humanidades da Fundação para a Ciência e Tecnologia e à Associação Portuguesa de Linguística e integrou o Conselho Científico do Plano Nacional de Leitura, a Comissão Nacional do Instituto Internacional da Língua Portuguesa e o Conselho Consultivo do Instituto Camões. Foi investigador visitante do MIT.

É um defensor da escola pública em toda a sua plenitude, que, em 2020, retratava desta forma à Mais Educativa: “Uma escola que não serve uma elite, mas que é garantia de que o elevador social funciona. Uma escola que é promotora do bem-estar que só o conhecimento traz”.

Entre os problemas que enfrenta, destaque para o envelhecimento da classe docente e a (eterna) questão dos concursos. Sobre o tema admitia, em maio de 2021, numa entrevista ao Público que tem de ser feita “uma reflexão profunda sobre recrutamento de docentes e carreiras”, que permita que as escolas em contextos mais difíceis, por exemplo, possam recrutar docentes fora do concurso nacional, que é “cego” às especificidades de cada um.

O ensino profissional é outra das prioridades da sua ação governativa desde 2015. Em julho último afirmou numa entrevista ao Quem É Quem do Jornal Económico: “A centralidade do ensino profissional é clara no Plano de Recuperação e Resiliência”, revelando que, no cumprimento deste desiderato, o plano prevê a criação de mais de 300 Centros Tecnológicos Especializados em áreas prioritárias para o desenvolvimento da economia.

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