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João Gonçalves Pereira diz que “hoje é o CDS que precisa de um 25 de Novembro”

Líder da distrital centrista de Lisboa pede reflexão aos militantes e simpatizantes do partido que “com grande repúdio assistem às manobras de secretaria de Francisco Rodrigues dos Santos e seus pajens”.
  • Isabel Santiago
25 Novembro 2021, 14h37

O líder da distrital de Lisboa do CDS-PP, João Gonçalves Pereira, anunciou que não participará no Conselho Nacional marcado para esta sexta-feira, tal como Nuno Melo e João Pinho de Almeida, e que também não irá comparecer, pela primeira vez desde que é militante centrista, na homenagem aos protagonistas do 25 de Novembro de 1975 que o partido faz todos os anos. “Faço-o com pesar, mas com uma certeza: hoje, é o CDS que precisa de um 25 de Novembro!”, escreveu o antigo deputado e vereador no Facebook.

Num texto intitulado precisamente “O CDS precisa de um 25 de Novembro”, Gonçalves Pereira defende que “a data que consolidou a democracia em Portugal” deve motivar reflexão de todos os militantes e simpatizantes do partido que “com grande repúdio assistem às manobras de secretaria de Francisco Rodrigues dos Santos e seus pajens, que de forma desprezível atropelam as regras mais básicas da democracia interna”.

Numa referência implícita à decisão de adiar o congresso que esteve marcado para 26 e 27 de novembro, e no qual Nuno Melo pretendia disputar a liderança do CDS-PP com Francisco Rodrigues dos Santos, o líder da distrital de Lisboa acusa ainda o presidente do Conselho Nacional (e atual vice-presidente da Câmara de Lisboa) Filipe Anacoreta Correia de ser “um dos principais responsáveis pelo branqueamento da penumbra democrática que assola o CDS”.

“O país tem assistido incrédulo ao desrespeito pelo legado daqueles que foram fundadores de um partido que foi um dos promotores da democracia em Portugal”, acrescentou João Gonçalves Pereira, horas depois de Nuno Melo ter apelado a que os conselheiros nacionais boicotem a reunião desta sexta-feira, defendendo ser “inaceitável que num partido fundador da democracia portuguesa os órgãos não funcionem de cada vez que possa estar em causa qualquer pretensão ou decisão da direção nacional ou do seu presidente”.

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