O social-democrata Joaquim Pinto Moreira anunciou, esta segunda-feira, que vai suspender o mandato de deputado depois de ter tido conhecimento que o Ministério Público pediu o levantamento da sua imunidade parlamentar.
“Tendo tomado conhecimento que foi solicitado à Assembleia da República o levantamento da imunidade parlamentar referente ao meu mandato como deputado, para ser constituído como arguido e nessa qualidade ser interrogado no âmbito do inquérito que já é público”, Joaquim Pinto Moreira revela que já informou o presidente do PSD e do grupo parlamentar que vai suspender o “mandato de deputado na Assembleia da República”, indica em comunicado enviado às redacções.
Um dos visados na Operação Vórtex, que já levou à prisão preventiva de Miguel Reis, ex-presidente da Câmara de Espinho, Pinto Moreira frisa que não se vai opor ao pedido de levantamento da imunidade parlamentar e solicita, inclusive, que esta “se efetive de forma célere”, acrescentando que tem “todo o interesse em prestar todos os esclarecimentos que sejam devidos no âmbito do dito inquérito”.
Estes esclarecimentos, acredita o social-democrata, serão determinantes “à comprovação” da sua “total inocência” face às imputações que lhe são feitas. “Desejo que a justiça apure toda a verdade com a rapidez que as suspeições em causa exigem” e “reitero com tranquilidade que exercerei a minha defesa de forma a demonstrar que jamais cometi algum crime e que sempre pautei a minha vida pública e profissional com elevados padrões éticos e morais”.
Pinto Moreira destaca ainda que não suspende o mandato “por qualquer admissão de culpa”, mas por sentir que não tem “o direito de perturbar o normal funcionamento do trabalho político do partido e dos seus mais altos responsáveis”.
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