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“Jogo Duplo”: Caso de corrupção no futebol em risco de ‘voltar à estaca zero’

Sete arguidos do esquema que alegadamente beneficiava uma rede de apostas desportivas online na Ásia vão contestar amanhã a acusação do Ministério Público.
11 Setembro 2017, 09h01

O processo que envolve 27 jogadores, agentes treinadores e dirigentes de futebol acusados de corrupção por viciação de resultados de jogos oficiais das épocas 2014/2015 e 2015/2016, da Segunda Liga, corre o risco de não ir a tribunal, noticia o Jornal de Notícias.

Sete arguidos do esquema que alegadamente beneficiava uma rede de apostas desportivas online na Ásia vão contestar amanhã a acusação do Ministério Público. De acordo com o jornal diário, os advogados de defesa vão alegar nulidade e insuficiências no inquérito, além de contestarem as supeitas de associação criminosa, de forma a evitar a ida a julgamento.

O advogado de Calos Silva, Nélson Sousa, disse ao JN que a imputação de crimes de associação criminosa “apenas existe para sustentar escutas telefónicas. O crime de corrupção ativa na prática desportiva não admite o recurso a escutas. Ora muitos dos arguidos nem sequer se conhecem e os supostos investidores estrangeiros nem sequer esrão identificados. Ou seja, esta acusação não faz sentido”.

Carlos Silva, antigo atleta do Canelas 2010 e membro da claque Super Dragões, é um dos principais arguidos por ser, alegadamente, o elo de ligação entre os jogadores pagos para perder e os investidores na Malásia. O advogado do arguido já interpôs um recurso por insufieciência de inquérito, com efeitos suspensivos. Caso a decisão do recurso seja favorável, o Ministério Público poderá ter de libertar alguns dos envolvidos, que já estão em prisão domiciliária.

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