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Johnson & Johnson pede autorização de emergência à OMS para usar vacina contra a Covid-19

O pedido para ser incluído na lista de uso de emergência é um pré-requisito para que a farmacêutica consiga fornecer vacinas no programa da Organização Mundial de Saúde, que pretende distribuir doses em países pobres e de rendimentos médios.
  • Pavlo Gonchar–SOPA Images/LightRocket/Getty Images
19 Fevereiro 2021, 15h25

A farmacêutica Janssen Pharmaceuticals, do grupo Johnson & Johnson (J&J), está a desenvolver a vacina contra a Covid-19 e pediu autorização à Organização Mundial da Saúde (OMS) para o uso de emergência do seu fármaco. De acordo com a empresa, que divulgou um comunicado esta sexta-feira, o pedido foi realizado para que mais uma vacina esteja disponível no mercado, imunizando a população com uma única dose.

“O nosso registo na OMS marca outro passo importante no esforço para combater Covid-19 e também o nosso compromisso inabalável com o acesso equitativo”, apontou Paul Stoffels, diretor científico da Johnson & Johnson, no comunicado. “Se quisermos acabar com a pandemia global, inovações que salvam vidas, como vacinas, devem estar ao alcance de todos os países”, sustentou.

O pedido para ser incluído na lista de uso de emergência é um pré-requisito para que a farmacêutica consiga fornecer vacinas no programa da OMS, que pretende distribuir doses em países pobres e de rendimentos médios.

De acordo com a própria farmacêutica, a vacina da Johnson & Johnson pode ser considerada mais apelativa para os países com infraestruturas mais pobres por ser administrada numa única dose, enquanto as restantes vacinas autorizadas são administradas em duas doses, e a vacina pode ser guardada em frigoríficos com temperaturas regulares, em vez das temperaturas negativas.

A vacina já se encontra a ser analisada e os resultados apresentados na última fase de produção vão ser analisados por uma equipa da Food and Drug Administration, a agência federal do Departamento da Saúde que verifica se a vacina está apta para ser administrada nos Estados Unidos.

No mês passado, e ainda em análises para a fase final, a Johnson & Johnson admitiu que a vacina apresentava uma eficácia de 66% na proteção contra as três variantes do novo coronavírus que se encontram em circulação no mundo: brasileira, britânica e sul-africana. O nível de proteção da vacina variou entre os 72% nos Estados Unidos, os 66% na América Latina e os 57% na África do Sul.

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