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Jovens até 34 anos sem emprego e sem estarem a estudar caiu 46% em 10 anos

No último ano, observou-se uma queda de 1,1%, traduzindo-se em 2.000 jovens a menos classificados como NEET. A designação de NEET (Not in Education, Employment, or Training)  descreve essa camada da população naquela faixa etária sem emprego e sem estar a receber estudos ou formação.
desemprego
31 Agosto 2024, 11h55

O número de jovens, entre 16 e 34 anos, que não estão empregados nem matriculados em estabelecimentos de educação ou formação, reduziu em 46% ao longo de 10 anos. Os dados são da Randstad que publicou a sua análise aos dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística (INE), do Serviço Público do Emprego Nacional (IEFP) e da Segurança Social, relativos ao mês de julho de 2024.

A designação de NEET (Not in Education, Employment, or Training)  descreve essa camada da população naquela faixa etária sem emprego e sem estar a receber estudos ou formação.

Segundo os dados do INE, o número de jovens, entre 16 e 34 anos, classificados como NEET  caiu drasticamente nos últimos dez anos em Portugal. Em 2024, registou-se um total de 188.400 jovens nesta situação, o que representa uma diminuição significativa de 46% ao longo de 10 anos. No último ano, observou-se uma queda adicional de 1,1%, traduzindo-se em 2.000 jovens a menos classificados como NEET.

Portugal apresenta uma taxa de jovens NEET abaixo da média europeia, que é de 11%, situando-se em 9%. Destes, 53% estão desempregados e 47% são inativos, ou seja, não estão à procura de trabalho.

A maioria desses jovens tem mais de 25 anos (58%) e 53% são mulheres, segundo a análise.

Além disso, 84% dos jovens NEET em Portugal não completaram estudos de nível superior, com 39% tendo apenas o ensino básico. Geograficamente, a maior concentração de jovens NEET encontra-se no Norte (37%) e na região de Lisboa (18%).

Isabel Roseiro, Diretora de Marketing da Randstad Portugal, citada no comunicado, destaca que “os dados mais recentes do INE revelam uma redução no número de jovens NEET nos últimos 10 anos, uma tendência positiva e que reflete os esforços contínuos na integração dos jovens no mercado de trabalho. Da mesma forma, vimos que a taxa de jovens NEET em Portugal está abaixo da média europeia, o que também é um dado positivo para o mercado de trabalho português”.

“Apesar destes progressos, há ainda desafios para os quais devemos estar atentos. É importante continuar a apostar na formação dos jovens, de forma a garantir a igualdade de oportunidade e a sua integração no mercado de trabalho”, afirma.

Visão geral do emprego em Portugal em Julho

No que diz respeito à visão geral do emprego em Portugal no mês de julho, a empresa de recursos humanos, Randstad, baseia-se nos dados do INE que mostram que existiu uma queda no emprego de 6.800 pessoas (-0,1%) face ao mês anterior e uma diminuição de 19.500 pessoas na população ativa (-0,4%). Assim, conclui, a taxa de desemprego diminuiu em 0,2 p.p. em relação ao mês anterior e manteve-se estável em relação a julho de 2023 (variação homóloga), situando-se nos 6,2%.

Em termos homólogos, o número de empregados teve um aumento de 27 mil profissionais (+0,5%). A população ativa também aumentou em 24.900 pessoas (+0,5%), alcançando os 5.373.000 ativos (5,37 milhões), segundo a Randstad .

A taxa de emprego foi de 63,3%, representando uma diminuição de 0,2 p.p. quando comparada ao período homólogo.

A análise por género revela que em julho, 4.800 homens (-2,9%) e 7.800 mulheres (-4,3%) deixaram de estar em situação de desemprego.

Já no que diz respeito à faixa etária, os dados evidenciam que houve queda do desemprego tanto nos adultos (dos 25 aos 74 anos), com 8.800 pessoas desempregadas a menos que no mês anterior (-3,3%), como no grupo dos jovens (dos 16 aos 24 anos) com 3.800 pessoas desempregadas (-4,8%) a menos no mercado de trabalho.

Se a análise for feita em comparação com o período homólogo, o desemprego diminuiu nos grupos populacionais das mulheres (-6.700 pessoas; -3,8%) e dos jovens (-5.600 pessoas; -6,9%) e aumentou para os homens (+4.700 pessoas; +3,0%) e adultos (+3.600 pessoas; +1,4%), refere a Randstad.

A empresa de recursos humanos diz ainda que o comportamento mensal das variáveis do IEFP mostra uma mudança na tendência face ao mês anterior, com uma diminuição no número de pedidos de emprego (-0,4%) e um aumento do número de desempregados registados (+0,1%) face ao mês de junho.

Este aumento foi observado apenas entre as mulheres, com uma subida de 1.971 pessoas (+1,1%). Em termos homólogos, houve um aumento significativo dos pedidos de emprego (+6.338 pessoas; +1,4%) e dos desempregados registados (+20.809 pessoas; +7,3%), revela a Randstad.

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