A Yes For Europe – Confederação Europeia de Jovens Empreendedores propõe um conjunto de medidas que visam reforçar o apoio ao empreendedorismo jovem de forma a permitir uma recuperação pós-pandemia mais eficaz. As medidas constam de um documento assinado pela Aliança G20 dos Jovens Empresários, que inclui José Campos e Matos, que ali surge ainda em representação da União Europeia (UE), a cuja confederação preside.
O dossiê é apresentado na iniciativa anual Global Renaissance do B20, o braço empresarial do G20, que até esta sexta-feira, 8 de outubro, decorre em Roma, Itália, na sequência do G20 Summit, que terça e quarta se realizou em Milão.
Os países do G20 representam 85% do PIB, 75% do comércio e 60% da população mundial.
“Os jovens empreendedores enfrentaram tempos únicos e adaptaram-se rápido, digitalizaram, reinventaram-se, fecharam e reabriram negócios” – afirma José Campos e Matos. Mas, explica: “a pandemia aumentou as desigualdades, por isso pedimos aos líderes do G20 para construirmos em conjunto um renascimento global baseado em sustentabilidade, inclusão, digitalização, comércio e investimento”.
O documento propõe, por exemplo, reduzir as barreiras dos empreendedores jovens com a administração pública; reforçar o seu apoio em financiamento, formação, saúde e consultoria; estimular a inovação multissetorial e a escalada de startups através de políticas colaborativas, como gabinetes academia-indústria; criar uma estrutura global de apoio às pequenas e médias empresas (PME) sobre custos, contratos e patentes; e promover o Passaporte GVC para facilitar o acesso de PME e startups a mercados externos, explica o presidente da Yes For Europe. A confederação junta 100 mil membros de 21 países.
Segundo o documento pretende-se, ainda, eliminar práticas de discriminação entre empreendedores, incentivar o empoderamento feminino e as mais jovens para áreas científico-tecnológicas ou económicas, lançar rotas comerciais focadas na economia inclusiva e fomentar a contratação de jovens talentos e a adequação de postos de trabalho. A transição digital e verde é outra meta, ao subsidiar aspetos como a certificação de práticas ecológicas, a redução de resíduos, o uso de materiais de reciclagem ou o segmento do comércio justo e dos produtos orgânicos.
O comunicado é suportado num policy paper final com 32 recomendações, 93 desafios e 37 indicadores, condensado pela confederação italiana Confindustria, que teve a colaboração de José Campos e Matos e ouviu 6,5 milhões de empresas e 3000 membros de diversos países.
Na Global Renaissance, a decorrer em Milão e online, será também divulgado um estudo da consultora Accenture sobre o impacto das políticas públicas em negócios liderados por jovens. No global, 75% daqueles jovens inquiridos defende um futuro sustentável e elenca três tendências de negócio: economia circular (69%), economia verde (48%) e tecnologia verde (48%). Aliás, 90% dos entrevistados planeia investir mais em sustentabilidade a curto prazo.
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