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JP Morgan espera mais um corte do BCE até ao final do ano

Gestora de ativos espera que a Fed arranque com os cortes até ao final do ano.
18 Julho 2024, 13h52

O JP Morgan AM espera que o Banco Central Europeu (BCE) proceda a mais um corte este ano nas taxas de juro.
“O BCE baixou juros na última reunião, não esperamos que desça juros em todas as reuniões. As descidas estão muito dependentes de dados, de como evolui o sector dos serviços… depois irá normalizar a política monetária”, disse hoje Elena Domecq, responsável ibérica da gestora de ativos norte-americana.
“Vamos ter descidas este ano. Duas ou três descidas nos próximos 12 meses. Não vamos ter descidas em todas as reuniões. Este ano podemos ter mais uma. Há uma normalização da política monetária”, afirmou, sobre a previsão para o BCE e para a Fed”, acrescentou, num encontro com jornalistas.
“Há uma mudança nos bancos centrais: dos 33 principais, 21 já levaram a cabo descidas de juros, esperaamos que a Fed incorpore depois do verão”, afirmou.
O JP Morgan AM Aponta que a economia global está “resiliente”, com um risco de recessão “limitado”. Já a inflação deverá manter-se “persistente”, mas “tolerável”. Nos EUA, o ciclo de cortes arranca até ao final do ano, sujeito à moderação da inflação.
A responsável alertou que um dos principais riscos é que a desaceleração da economia “seja mais forte do que esperávamos, que o soft landing não seja tão soft“.
Sobre a Europa, destacou que a “recuperação está a materializar-se”, mas que está a ser “modesta”, apesar do preço da energia ter caído muito e com os salários reais estarem em “níveis muito altos”, a confiança do consumidor está em recuperação.
O Banco Central Europeu (BCE) deverá adiar novo corte das taxas de juros, mantendo-as intactas por mais umas semanas até à reunião de 12 de setembro.

Os mercados consideram muito improvável que hoje tenha lugar um corte. Mas há uma probabilidade de 80% de um segundo corte vir a ter lugar daqui a quase dois meses, com os mercados a darem como praticamente certo um terceiro corte em janeiro.

Apesar das preocupações demonstradas por vários membros do BCE, incluindo o economista-chefe Philip Lane, sobre a inflação pegajosa, o certo é que um novo corte deverá chegar dentro de semanas.

Até setembro, há mais do que tempo para o BCE ter mais dados sobre a inflação e com novas previsões em cima da mesa.

A inflação na zona euro ficou em 2,5% em junho, conforme era esperado, com a taxa homóloga a descer de 2,6% em maio para 2,5% em junho. Há um ano, a inflação homóloga atingia os 5,5%. Já o indicador core, que elimina as categorias mais voláteis como a energia e alimentação, manteve-se em linha com maio: 2,9%.

Por outro lado, o BCE também vai ter mais informação sobre as intenções da Reserva Federal norte-americana, sendo provável um corte também em setembro, com o arrefecimento da inflação.

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