[weglot_switcher]

Kaspersky sobre apagão: “Fornecedores devem ser responsáveis pela qualidade das atualizações”

“Todas as atualizações devem ser acompanhadas de uma quantidade significativa de testes e verificações internas antes de serem distribuídas aos clientes”, realçam os especialistas de cibersegurança da empresa russa.
Kaspersky
Kaspersky
19 Julho 2024, 16h54

A empresa de cibersegurança russa Kaspersky apelou esta sexta-feira à melhoria de testes internos de seguranças por parte das tecnológicas, na sequência de uma falha informática que prejudicou os sistemas de empresas em todo o mundo causada pela Crowdstrike, fornecedora da Microsoft.

“Quando ocorre um problema deste tipo, cada dispositivo (computador, portátil ou servidor) ter de ser reiniciado manualmente em modo de segurança, uma vez que tal não pode ser feito através de ferramentas de gestão. Trata-se, portanto, de um problema muito grave que tem afetado muitos processos, incluindo infraestruturas críticas”, considerou a Kaspersky.

Os especialistas em cibersegurança defendem que, para evitar situações como esta, “os fornecedores de segurança da informação devem ser muito responsáveis quanto à qualidade das atualizações que lançam”. “Todas as atualizações devem ser acompanhadas de uma quantidade significativa de testes e verificações internas antes de serem distribuídas aos clientes”, realçam

Segundo a Kaspersky, é também importante “respeitar o princípio da distribuição granular” – por etapas ou grão a grão – de cada atualização. “Isto significa que as atualizações não são distribuídas globalmente a todos os clientes ao mesmo tempo, mas sim gradualmente, de modo a que, em caso de qualquer problema imprevisto, seja possível localizá-lo e corrigi-lo rapidamente”, esclarecem os peritos da tecnológica com sede em Moscovo.

Nas últimas horas, a agenda mediática tem sido marcada pela falha nos sistemas Microsoft. O número de empresas afetadas pode ultrapassar uma centena e o número de dispositivos utilizados por essas organizações é da ordem dos milhares, de acordo com a imprensa internacional. Falamos de companhias aéreas, bancos, operadoras de telecomunicações e vários outros grupos do sector terciário.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.