Christine Lagarde pediu aos decisores políticos globais que trabalhem de forma construtiva para derrubar as barreiras comercias e resolver conflitos. Sem referir o nome de Donald Trump, mas num texto claramente dirigido ao presidente dos Estados Unidos, a presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu que não vencedores numa guerra comercial.
A pretensão de Trump de aumentar as tarifas alfandegárias à importação de alumínio e aço foi alvo de críticas globais e lançou receios sobre uma potencial guerra comercial.
Numa publicação no blog do FMI, Lagarde começou por defender que “os decisores políticos devem trabalhar construtivamente para reduzir barreiras comerciais e resolver conflitos comerciais sem recurso a medidas excecionais”. Sobre as tarifas, pediu que os países assegurem que “não levam a uma escalada abrangente de medidas protecionistas”.
“A história económica mostra claramente que guerras comerciais não só prejudicam o crescimento global, como são impossíveis de vencer”, escreveu a responsável pela instituição de Bretton Woods. Sublinhou que também há custos substanciais para os países que aplicam as tarifas, mesmo que os parceiros comerciais decidam não retaliar, o que parece não ser o caso tendo em conta que a China já disse estar pronta para o fazer, apesar não o pretender.
“Também sabemos que o protecionismo é pernicioso, porque coloca maior pressão sobre os consumidores mais pobres que compram importações relativamente a preços mais baixos. Por outras palavras, prejudicar o comércio é mau para a economia e para as pessoas. Além disso, a forma de resolver desequilíbrios económicos globais não é criar novos obstáculos ao comércio”, acrescentou.
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