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Leão descarta novo programa de moratórias e acredita no cumprimento de metas orçamentais

Leão admite que a quinta vaga da pandemia “está a afetar bastante a Europa”, mas acredita que o impacto em Portugal será controlado. O ministro das Finanças mostra-se confiante que as metas orçamentais previstas para este ano serão cumpridas.
29 Novembro 2021, 12h57

O ministro das Finanças, João Leão, afirmou não estar previsto que as medidas de apoio devido à quinta vaga da pandemia incluam moratórias e mostra-se confiante no cumprimento das metas orçamentais previstas para este ano.

“Por enquanto, ao nível de moratórias não se advinham novas medidas nesse sentido. Portugal prolongou o programa de moratórias até setembro, numa altura em que a economia estava em forte recuperação. O que estamos a assistir, neste momento, com o fim das moratórias é uma transição, que dentro do que se esperava está a correr relativamente bem”, disse João Leão, esta segunda-feira, em declarações os jornalistas, transmitidas pela RTP3, quando questionado sobre o tema.

Depois da apresentação pública de cumprimentos ao administrador do Banco de Portugal, Hélder Rosalino, João Leão, admitiu que a quinta vaga da pandemia “está a afetar bastante a Europa”, fazendo com que seja natural que “se façam sentir os efeitos económicos da pandemia”, mas acredita que o impacto em Portugal será controlado.

“Portugal tem-se mantido como um país, que tem uma alta taxa de vacinação. A economia continua bastante aberta e em atividade. O Governo tomou um conjunto de medidas preventivas, para evitar o avanço da pandemia, mas procurando não afetar e condicionar a atividade económica e por isso esperamos a continuação de uma forte recuperação da economia em Portugal e que Portugal consiga, quer este ano, quer no próximo, ter um crescimento acima de 10% e voltando a convergir, crescendo mais do que o resto da Europa”, disse.

Quando questionado sobre se o défice para este ano será melhor do que o previsto, o governante vincou que “ainda é cedo”, uma vez que os “números finais do défice só são conhecidos em março”, mas que a informação disponível e a recuperação económica mostra “que a receita do Estado está a evoluir de forma mais positiva do que o antecipado”, ainda que o Estado também tenha tido “que fazer mais despesa no apoio às famílias e às empresas”.

“O que podemos garantir é que temos uma forte confiança de que as metas vão ser atingidas, por mais um ano. É o sexto ano consecutivo em que cumprimos as metas que propusemos”, disse.

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