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Legislativas: Pedro Nuno acusa AD de esconder projeto de privatização do sistema de pensões

Durante um almoço-comício na Figueira da Foz, distrito de Coimbra, Pedro Nuno Santos voltou a apontar aos riscos de uma coligação entre a AD e a IL para o sistema público de pensões e para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
12 Maio 2025, 15h49

O secretário-geral do PS acusou hoje a AD de ter uma “agenda escondida que consiste no projeto “de sempre” da Iniciativa Liberal de privatizar parte do sistema público de pensões.

Durante um almoço-comício na Figueira da Foz, distrito de Coimbra, Pedro Nuno Santos voltou a apontar aos riscos de uma coligação entre a AD e a IL para o sistema público de pensões e para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O líder socialista sustentou que a AD com a IL têm um “projeto reforçado”, considerando que não olham para o SNS como olha o PS, mas olham para o “hospital público como olham para o hospital privado e assumem-no”.

“Nós sabemos o que é que eles querem com o sistema público de pensões. As posições deles são conhecidas. Enquanto que a AD tem uma agenda escondida, criou um grupo de trabalho com pessoas que têm uma posição, apesar de tudo, conhecida sobre as pensões, que defendem a privatização parcial, a IL nem a esconde”, afirmou o líder socialista.

Para acrescentar que “o projeto de sempre da IL é privatização de parte do nosso sistema público de pensões e canalizar parte dos nossos descontos para a bolsa de valores”.

“Esse é o projeto deles. Ainda agora, hoje ou ontem, numa entrevista, o líder da Iniciativa Liberal diz que quer rever a legislação laboral porque é preciso flexibilizar”, afirmou Pedro Nuno Santos.

E continuou: – “Está a falar do quê? Diminuir a proteção dos trabalhadores? Diminuir as indemnizações por despedimento? O projeto da AD com a IL é um projeto de ataque ao Estado Social, de ataque aos direitos dos trabalhadores, de ataque aos direitos dos reformados”, salientou ainda.

Considerando que “é isso que está em causa também nesta campanha”.

Pedro Nuno Santos afirmou que o PS sabe que os portugueses vivem com dificuldades.

“Eu ouço o Luís Montenegro a falar e eu sinceramente, ainda hoje, fala como se estivesse tudo bem no país. Nós estivemos hoje no mesmo sítio [feira de Espinho] enquanto ele tinha que procurar as pessoas, as pessoas vinham ter connosco e vinham ter connosco preocupadas com a vida delas porque têm pensões baixas porque têm uma renda alta, porque o senhorio está a ameaçar com despejo porque quer aumentar e eles não conseguem pagar”, referiu ainda.

Pedro Nuno Santos defendeu que “só se consegue resolver o problema das pessoas quando se sente e reconhece que as pessoas têm problemas”.

“Ora, se nós temos um ainda primeiro-ministro que não reconhece que as pessoas têm problemas, como é que algum dia os vai resolver”, questionou ainda.

A última semana da campanha socialista começou na feira de Espinho, onde pouco depois esteve também a AD, mas sem que Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro se tenham cruzado.

Depois da Figueira da Foz, o PS segue para uma arruada e um comício em Coimbra.

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