[weglot_switcher]

Lei do aborto: Nuno Melo contraria vice-presidente do CDS-PP e nega novo referendo

Paulo Núncio defendeu a necessidade de um novo referendo mas o presidente do partido nega que esse tema esteja no programa da Aliança Democrática. No entanto, Nuno Melo reconhece que a posição do CDS-PP sobre o tema mantém-se.
28 Fevereiro 2024, 13h21

Nuno Melo, presidente do CDS-PP, contrariou esta quarta-feira as declarações de Paulo Núncio, vice-presidente do partido, relativamente à promoção de um novo referendo que reverta a lei do aborto.

À chegada à Bolsa de Turismo de Lisboa, o líder máximo do CDS-PP contrariou por completo a pretensão de que a lei do aborto possa ser revertida na próxima legislatura, na medida em que essa medida não consta no programa da Aliança Democrática, da qual os centristas fazem parte.

“Este não é um tema que conste no acordo de coligação”, destacou Nuno Melo em declarações aos jornalistas. No entanto, este dirigente partidário acabou por considerar pertinente a questão levantada pelo seu vice-presidente: “O que Paulo Núncio disse é uma questão normal em democracia: que o resultado de um referendo só pode ser alterado por outro referendo”. Quanto à posição do CDS-PP relativamente a esta questão, o presidente do partido confirmou que se mantém.

Paulo Núncio, vice-presidente do CDS-PP e candidato nas listas das Aliança Democrática por Lisboa, defendeu esta terça-feira que seja realizado um novo referendo ao aborto.

A posição do antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais foi defendida num debate promovido pela Federação Portuguesa pela Vida que contou também com a presença de Pedro Frazão, deputado e candidato pelas listas do Chega.

Em declarações citadas no site da “Rádio Renascença”, Paulo Núncio reconheceu que será “muito difícil reverter a lei apenas no parlamento” e nesse sentido “a única forma de revertemos a liberalização da lei do aborto passa por um novo referendo”.

Além disso, o candidato pela AD também se manifestou favorável a iniciativas que passem pela “limitação do acesso ao aborto”, situação que pode ser enquadrada nas taxas moderadoras, medida que foi introduzida pelo Governo PSD/CDS-PP em 2015 e que acabou por ser revogada pela maioria parlamentar de esquerda.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.