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Lei europeia exige que produtos eletrónicos de consumo durem uma década

A nova lei aprovada pelo Parlamento Europeu, além de proteger o consumidor, tem como principal objetivo ajudar a reduzir o desperdício de energia elétrica e de componentes eletrónicos.
2 Março 2021, 17h55

As empresas que vendem produtos eletrónicos de consumo, como frigoríficos, máquinas de lavar, secadores de cabelo ou televisões na União Europeia (UE) e Reino Unido, vão ter de garantir que esses produtos tenham uma duração de dez anos, ou que possam ser reparados durante igual período, de acordo com a nova lei de nome ‘direito de reparação’ aprovada pelo Parlamento Europeu.

A nova lei aprovada pelo Parlamento Europeu, para além de proteger o consumidor, tem como principal objetivo ajudar a reduzir o desperdício de energia elétrica e de componentes eletrónicos.

Embora o Reino Unido tenha deixado a União Europeia, os padrões de fabrico britânicos terão que, necessariamente, corresponder aos do bloco europeu, para que qualquer comércio continue.

“Este é um grande passo na direção certa”, disse Daniel Affelt, do grupo ambientalista BUND-Berlin, que administra vários “cafés de reparação” onde as pessoas podem trazer os seus eletrodomésticos avariados e obter ajuda a repará-los.

Os aparelhos modernos costumam ser colados ou rebitados, disse Affelt. “Se precisa de ferramentas especializadas ou tem que partir o dispositivo, você não pode consertá-lo”. A falta de peças suplentes é outro problema, dizem os ativistas.

“As pessoas querem reparar os seus eletrodomésticos”, sublinha o ativista. “Quando dizemos que não existem peças suplentes para um dispositivo que tem apenas alguns anos, as pessoas ficam obviamente muito frustradas com isso.”

De acordo com as novas regras da UE, os fabricantes terão de garantir que as peças estejam disponíveis por uma década, embora algumas só sejam fornecidas a empresas de reparos profissionais para garantir que são instaladas corretamente.

Os novos dispositivos também terão que vir com manuais de reparação, além da própria construção ter de ser feita de forma a que possam ser desmontados com ferramentas convencionais quando já não podem ser reparados, para agilizar o processo de reciclagem.

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