Num mundo cada vez mais globalizado, Wall Street já conta com inúmeros gestores estrangeiros. Mas há 40 anos, o cenário era bem diferente: o maior ecossistema financeiro do mundo era um local ainda vedado a mulheres, ainda por cima estrangeiras.
Domitília dos Santos deixou o Algarve aos 12 anos para ir viver para os EUA e aos 70 anos continua a trabalhar e foi agora promovida a um cargo de maior responsabilidade no Morgan Stanley Wealth Management: diretora executiva.
Licenciada em Direito pela Rutgers School of Law em Newark, Nova Jérsei, a gestora trabalha há várias décadas no departamento de gestão de fortunas do banco de Wall Street que opera em 42 países.
“É uma honra ter sido reconhecida, e estou profundamente grata aos meus clientes pelo seu grande apoio e confiança. Quero também alargar este reconhecimento ao meu grupo e à incrível liderança no Morgan Stanley, cuja orientação ajudou-me a atingir novos patamares”, disse hoje a gestora.
A portuguesa trabalha no Morgan Stanley há 40 anos, que é atualmente o 32º maior banco mundial por valor de ativos, segundo o ranking do S&P Global.
A gestora portuguesa tem um gosto especial por maratonas, tendo já participado em mais de 260, tanto nos EUA como em mais de 30 países à volta do mundo, revelou a “Forbes Portugal” em 2023.
Numa passagem por Portugal, no ano passado, também analisou a vida das empresas e as mudanças que se avizinham com a ascensão da Inteligência Artificial (IA).
“Num mundo onde a Inteligência Artificial está a tornar-se cada vez mais prevalente, o foco nas pessoas como o nosso ativo mais importante é crucial. Devemos ver a Inteligência Artificial como uma ferramenta que pode complementar as capacidades humanas, não como um substituto”, afirmou, defendendo uma “abordagem equilibrada”, considerando que a IA “não pode substituir a criatividade, inovação e empatia humana”.
“Nesta selva onde nascemos, a chave para o sucesso está na nossa capacidade de adaptar e inovar, de valorizar e apoiar as nossas equipas e de estar sempre atento às mudanças demográficas e tecnológicas. A educação é a base que prepara o terreno, mas é a nossa visão que determinam o quão longe podemos ir. A selva não ser apenas um lugar de desafios, mas também um terreno fértil para oportunidades. No coração desta selva devemos sempre lembrar que o fator humano é o mais importante, os colaboradores são a espinha dorsal”, disse Domitília dos Santos citada pelo “Jornal de Notícias”.
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