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Lendária gestora portuguesa de Wall Street promovida num dos maiores bancos mundiais

Deixou Portugal aos 12 anos em busca do sonho americano. Aos 70 anos, foi novamente promovida no banco onde trabalha há 40 anos.
4º Almoço debate CLUBE ISCTE-IUL com a Dra. Domitília dos Santos a debater o tema “Actuar nos Mercados Financeiros Americanos” no dia 22 de Setembro de 2011. Fotografia de Hugo Alexandre Cruz do Gabinete de Comunicação e Imagem do ISCTE-IUL.
5 Fevereiro 2025, 18h22

Num mundo cada vez mais globalizado, Wall Street já conta com inúmeros gestores estrangeiros. Mas há 40 anos, o cenário era bem diferente: o maior ecossistema financeiro do mundo era um local ainda vedado a mulheres, ainda por cima estrangeiras.

Domitília dos Santos deixou o Algarve aos 12 anos para ir viver para os EUA e aos 70 anos continua a trabalhar e foi agora promovida a um cargo de maior responsabilidade no Morgan Stanley Wealth Management: diretora executiva.

Licenciada em Direito pela Rutgers School of Law em Newark, Nova Jérsei, a gestora trabalha há várias décadas no departamento de gestão de fortunas do banco de Wall Street que opera em 42 países.

“É uma honra ter sido reconhecida, e estou profundamente grata aos meus clientes pelo seu grande apoio e confiança. Quero também alargar este reconhecimento ao meu grupo e à incrível liderança no Morgan Stanley, cuja orientação ajudou-me a atingir novos patamares”, disse hoje a gestora.

A portuguesa trabalha no Morgan Stanley há 40 anos, que é atualmente o 32º maior banco mundial por valor de ativos, segundo o ranking do S&P Global.

A gestora portuguesa tem um gosto especial por maratonas, tendo já participado em mais de 260, tanto nos EUA como em mais de 30 países à volta do mundo, revelou a “Forbes Portugal” em 2023.

Numa passagem por Portugal, no ano passado, também analisou a vida das empresas e as mudanças que se avizinham com a ascensão da Inteligência Artificial (IA).

“Num mundo onde a Inteligência Artificial está a tornar-se cada vez mais prevalente, o foco nas pessoas como o nosso ativo mais importante é crucial. Devemos ver a Inteligência Artificial como uma ferramenta que pode complementar as capacidades humanas, não como um substituto”, afirmou, defendendo uma “abordagem equilibrada”, considerando que a IA “não pode substituir a criatividade, inovação e empatia humana”.

“Nesta selva onde nascemos, a chave para o sucesso está na nossa capacidade de adaptar e inovar, de valorizar e apoiar as nossas equipas e de estar sempre atento às mudanças demográficas e tecnológicas. A educação é a base que prepara o terreno, mas é a nossa visão que determinam o quão longe podemos ir.  A selva não ser apenas um lugar de desafios, mas também um terreno fértil para oportunidades. No coração desta selva devemos sempre lembrar que o fator humano é o mais importante, os colaboradores são a espinha dorsal”, disse Domitília dos Santos citada pelo “Jornal de Notícias”.

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