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Lisboa em alta apesar da correção do BCP

Madrid em queda em contra-ciclo numa Europa verde impulsionada pela alta do petróleo e do seu impacto nas acções das empresas de energia e petrolíferas. Em Lisboa destaque para as subidas da Galp e EDP e queda do BCP depois da euforia Fosun.
John Gress/Reuters
21 Novembro 2016, 17h33

O PSI 20 fechou nos 4.438,520 pontos, o que traduz uma subida de 0,41% face ao fecho de sexta-feira.

A maior subida coube à Galp Energia (+2,72%) para 12,665 euros. A Pharol (+2,09%), a EDP (+1,67%), a Altri (+1,36%), a Navigator (+0,45%), e a REN (0,20%) completam o leque de subidas.

Do lado das quedas destaque para as acções da Mota Engil (-0,89%) e BCP (-0,72%). As acções do banco liderado por Nuno Amado fecharam nos 1,24 euros depois de ontem ter sido anunciada a entrada da Fosun, através de uma emissão de novas ações, com um investimento de cerca de 175 milhões para ficar o maior acionista com 16,7%.

O banco começou por abrir a sessão a subir na bolsa, mas fechou em perdas. Recorde-se que o Conselho de Administração aprovou uma deliberação de aumento do capital do banco através da colocação de 157.437.395 novas ações a um preço unitário de subscrição de 1.1089 euros (com um período de lock-up de 3 anos).

O referido aumento de capital já foi subscrito pela Chiado, entidade do grupo Fosun, tendo já sido solicitado o registo junto da Conservatória de Registo Comercial no passado dia 18. Deste modo, o capital social do BCP passou de 4.094,2 milhões de euros para 4.268,8 milhões de euros representado por 944.624.372 ações sem valor nominal. O “Memorandum of Understanding” (MoU) relativo ao investimento no capital social do banco, assinado no passado dia 18 de novembro (sexta-feira) revela que a Chiado investirá cerca de 174,6 milhões subscrevendo (através de colocação particular um aumento de capital reservado). E nesse mesmo memorando a Fosun reafirmou o “forte interesse de vir subsequentemente a aumentar a participação no BCP para cerca de 30% do respetivo capital social através de operações em mercado primário ou secundário uma vez aprovado o aumento do imite da contagem de votos para 30% do capital social” a ser votado em Assembleia Geral. Esta foi adiada para dia 19 de dezembro, pelo que até lá não haverá qualquer reforço.

Na Europa, a queda em contra-ciclo com os principais índices europeus coube ao Ibex de Madrid (-0,10%). Num dia em que o Deutsche Bank anunciou a colocação privada de 2,99% do capital social do Banco Sabadell, num pacote de 168,430,815 ações do banco, em nome da Itos Holding Sàrl junto de investidores qualificados nacionais e internacionais.

De resto o verde foi a tónica dominante. O DAX 30 fechou nos 10.685,13 pontos (+0,19%), Londres fechou a subir 0,03%; o CAC 40 ganhou 0,56%; o holandês AEX (+0,52%). Nos índices globais o Stoxx 600 ganhou 0,25% e o EuroStoxx 50 fechou nos 3.032,970 pontos (0,40%), com o título da Airbus a liderar os ganhos (+4,42%).

A atenção do dia de hoje esteve no discurso de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, no Parlamento Europeu. “Necessitamos de uma ação decisiva para elevar a taxa potencial de crescimento da economia”. Foram as palavras do presidente do BCE.

Hoje o mercado estará focado ainda no discurso do vice-presidente do Fed, Stanley Fischer.

O barril de Brent, ‘benchmark’ internacional, dispara 4,1% para 48,78 dólares, com sinais que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo poderão chegar a um acordo para controlar a produção quando se encontrarem na próxima semana.

Isto justifica a alta generalizada dos títulos das empresas relacionadas com esta matéria-prima (energéticas e petrolíferas) que subiram, impulsionando os mercados accionistas europeus.

 

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