Lisboa é a terceira cidade europeia mais cara para arrendar uma casa face ao salário médio, segundo o índice Carrie Bradshaw da revista britânica “Economist”.
A premissa do estudo é que o salário de uma pessoa consiga garantir o arrendar de um apartamento com um quarto, sem ultrapassar os 30% do rendimento para pagar a casa.
Para pagar uma renda em Lisboa num ano são necessários quase 58,4 mil dólares (54 mil euros), mais 27,4 mil dólares (25,3 mil euros) face ao salário médio.
Esta é a terceira maior disparidade encontrada nos preços das rendas e os salários nas 35 cidades analisadas.
Lisboa é apenas superada por Budapeste na Hungria e Praga na Chéquia.
As cidades com maior equilíbrio são Bona na Alemanha, Berna na Suíça e Karlsruhe na Alemanha. No caso de Bona, um salário médio anual de 53 mil dólares ultrapassa confortavelmente os 36 mil dólares necessários para a renda.
Outras cidades com um rácio atrativo para arrendar são Lyon (França), Bruxelas (Bélgica), Haia (Países Baixos), Helsínquia (Finlândia), Viena (Áustria), cidade do Luxemburgo, Oslo (Noruega), Berlim (Alemanha) e Reading (Reino Unido).
Olhando só para o preço, Londres e Genebra (95 mil dólares anuais) têm as casas mais caras, com Ancara na Turquia a ter as casas mais baratas (18 mil dólares anuais).
“As rendas dispararam em Lisboa após o influxo de nómadas digitais, trabalhadores do sector tecnológico atraídos pelo tempo solarengo e vistos baratos”, aponta a “Economist”.
“O salário médio de 31 mil dólares é cerca de metade dos 58 mil dólares para uma casa com um quarto. Arrendar sozinho em ambas as cidades [Lisboa e Budapeste] é quase tão difícil como em Nova Iorque, relativamente aos salários médios”, pode-se ler.
Para quem seguia a série “O sexo e a cidade” o nome de Carrie Bradshaw é conhecido. A protagonista vivia sozinha num apartamento em Manhattan em Nova Iorque, num edifício browstone no número 245 E da 73 Street no Upper East Side. A rua não existe e a casa filmada na série fica no número 66 da Perry Street na West Village.
Com uma renda controlada de 700 dólares, a preços atuais o seu apartamento custaria 3.000 dólares mensais. Com o seu salário a não ser revelado, “é seguro dizer que a maioria dos nova-iorquinos da classe trabalhadora não podem pagar o seu próprio estúdio e fazer compras regularmente na Bergdorf Goodman”, escreve o site WWD.
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