Lisboa é 76.ª capital tecnologicamente mais inteligente, de acordo com a primeira edição do IMD Smart City Index 2019, elaborado pelo Observatório de Cidades Inteligentes do Centro Mundial de Competitividade, divulgado esta quinta-feira, 3 de outubro. Singapura ocupa a primeira posição do ranking, seguida por Zurique, Oslo, Genebra, Copenhaga, Auckland, Taipé, Helsínquia, Bilbau e Düsseldorf.
Este índice global de ‘smart cities’ (cidades tecnologicamente inteligentes) avaliou Lisboa em diversos parâmetros relativos ao ambiente, à segurança, ao acesso à educação e a serviços de saúde, à mobilidade e aos transportes públicos, à interação social e à participação cívica. Nesse âmbito, a posição da capital portuguesa resulta das resposta dos inquiridos, que revelaram preocupação em relação a tópicos como a habitação acessível (79,5%), o trânsito (60,7%), a corrupção (49,2%), os transportes públicos (45,9%), a poluição do ar (41%) e o desemprego (39,3%), entre outros.
“Não há uma fórmula única para as cidades inteligentes, embora as três cidades no topo da lista tenham uma pontuação alta no campo das estruturas [relacionadas com os serviços que são disponibilizados aos cidadãos], as pontuações variam no campo da tecnologia a elas associada. Singapura, por exemplo, destaca-se nas categorias relacionadas com segurança, qualidade do ar e trânsito, enquanto Zurique sobressai nas áreas dos transportes públicos e também no acesso a assistência médica e a serviços culturais. Os cidadãos de Oslo elogiam a qualidade das soluções de economia circular, o sistema de voto online e a mobilidade centrada em bicicletas”, lê-se em comunicado.
Os resultados do IMD Smart City Index 2019 é fruto, sobretudo da perceção dos cidadãos. O alcance e o impacto das políticas, bem como a performance económica das cidades são factores que influenciam fortemente os cidadãos na sua avaliação dos parâmetros já mencionados para as 102 cidades estudadas.
“As cidades inteligentes são cada vez mais ímanes para investimento, recursos humanos e comércio. Ainda assim, uma parte significativa dos esforços e da energia investidos parece estar desligada das aspirações a longo prazo dos cidadãos”, explicou o presidente do Observatório de Cidades Inteligentes do Centro Mundial de Competitividade do IMD, Bruno Lanvin, citado em comunicado.
Contudo, alerta Lanvin, “as cidades inteligentes poderão não ser sustentáveis” se não obtiverem apoio dos seus cidadãos e se os seus cidadãos não forem envolvidos no desenvolvimento das cidades.
O IMD Smart City Index 2019 contou também com a parceria da Universidade de tecnologia e Design de Singapura.
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