Os temas fortes dos seguros de saúde associados à longevidade, às novas doenças e aos custos associados são o nível de coberturas que as companhias oferecem. Depois espera-se da seguradora que se vá adaptando às necessidades dos segurados e onde prevalecem novas doenças. Por último, vem o tema da definição de preços numa sociedade onde é claro o aumento da esperança média de vida e a prevalência de doenças crónicas, destacando-se a necessidade de ajudas específicas, nomeadamente a dependência de terceiros.
Nelson Machado, CEO Vida, Pensões e Bancassurance do Grupo Ageas Portugal
“O crescimento da oferta de cuidados de saúde no sistema privado abriu o leque de opções para as pessoas que optem pela complementaridade dos seguros de saúde. Tal significa que muitos dos cuidados de saúde que no passado estavam limitados ao sistema público têm hoje em dia uma expressão crescente no setor privado. É neste contexto que aumentou a oferta na proteção por parte das seguradoras na área do internamento médico, da cirurgia, dos meios complementares de diagnóstico mais diferenciados e até de tratamentos como a radioterapia e a quimioterapia”. Por outro lado, quer o aumento da incidência de determinadas doenças como o cancro quer o investimento na criação de nova tecnologia e tratamentos trazem desafios importantes às seguradoras para a construção de soluções de longo prazo. No caso da Médis a sua aposta foi clara nesta área ao adotar um mecanismo automático que duplica a proteção para as despesas em ambiente hospitalar aquando do surgimento de uma doença oncológica. Concretamente estamos a falar de limites para comparticipação direta de despesas que passam de 50 mil euros para 100 mil euros ou de 1 milhão de euros para ilimitado. A duplicação de limites acontece igualmente para exames e consultas.
Outra adaptação passou pela introdução de coberturas específicas como as próteses e ortóteses oncológicas e o apoio domiciliário. Ainda nesta área, fez sentido ir mais além na proteção da saúde das pessoas com um plano de prevenção personalizado, de forma a facilitar a deteção precoce, tão importante para o tratamento do cancro em estádios iniciais. Pela importância que tem o conhecimento da doença e promoção de saúde, a literacia é outra das áreas em que a seguradora está a apostar de forma a ajudar as pessoas a adotarem comportamentos mais saudáveis quer para o controlo do aparecimento da doença quer para o controlo das doenças graves”. Acresce que “o aumento da esperança média de vida e o aumento da prevalência de doenças crónicas são dois desafios que se colocam ao nível da definição do preço dos seguros pessoais. Entre outras atividades, no Grupo Ageas Portugal estamos a trabalhar na melhoria dos instrumentos de avaliação de risco, como os questionários médicos, de forma a termos um preço mais ajustado a cada cliente. Estamos também a rever a nossa oferta com o objetivo de encontrar soluções específicas para protegerem os nossos clientes em caso de incidência de doenças graves que induzam situações de dependência de terceiros. De qualquer forma, temos soluções em que já contemplamos a possibilidade da permanência no seguro sem limite de idade nas entradas antes dos 55 e antes dos 65 anos”.
A nível de poupança a Médias/Ageas tem diversas soluções de poupança e de investimento para diferentes perfis de risco e horizontes temporais para a fase de acumulação. “Para a poupança de mais longo-prazo, destacamos o seguro “Reforma Ativa PPR”, uma solução pensada para aqueles que querem destinar parte do seu rendimento ou património para obterem na idade da reforma um complemento confortável para a sua pensão”.
Por outro lado, a literacia financeira “é chave para a resiliência das sociedades desenvolvidas e uma necessidade transversal a qualquer idade. Temos em curso o programa “Ori€nta-te”, uma iniciativa de responsabilidade social sob a forma de concurso, promovida pela Fundação Ageas e Mentes Empreendedoras que visa familiarizar jovens do 3.º Ciclo do Ensino Básico com conceitos de literacia financeira e a sua aplicação prática.
Sérgio Carvalho, Diretor de Marketing e Clientes
“Com mais de 1 milhão de clientes e como marca líder dos seguros de saúde em Portugal, a Multicare disponibiliza um conjunto abrangente de soluções de seguros de saúde, dirigidas às reais necessidades de proteção de cada cliente e com foco, quer na prevenção e promoção de hábitos de vida saudáveis, quer na efetiva proteção das pessoas, quando é mais necessário, com a prestação de cuidados de excelência, inovadores e personalizados. A oferta Multicare inclui assim uma gama de produtos com vários níveis de proteção, entre eles, os seguros de saúde Multicare 1, 2 e 3 que podem ser subscritos até aos 60 anos de idade, o Multicare Proteção Vital que disponibiliza uma cobertura específica para doenças oncológicas e que pode ser subscrito até aos 65 anos e, por fim, o Multicare 60 + para pessoas entre os 60 e os 70 anos”. Por outro lado a companhia “está a preparar os seguros de saúde para a medicina do futuro e esse é talvez um dos seus maiores desafios atuais porque implica alterações estruturais na forma como hoje é pensada e concebida a proteção da saúde. Estamos a avançar a passos largos para um conceito de medicina personalizada e para um modelo médico que propõe a personalização dos serviços de saúde, desde as decisões e práticas médicas, aos produtos adaptados para o organismo de cada ser humano. Isto implica que será necessário uma resposta concertada na prestação de cuidados de saúde, desde empresas tecnológicas que consigam analisar massivas quantidades de dados, a empresas especializadas em genética, a hospitais e mesmo seguradoras. Na Multicare sabemos que os seguros de saúde terão que evoluir, sobretudo se considerarmos o aumento da longevidade, a existência de um maior número de doenças raras e a necessária aplicação de novas técnicas e tratamentos de elevado custo. Não temos quaisquer dúvidas de que teremos de estar antes da doença, que teremos de ajudar os nossos clientes a manterem-se saudáveis e, sim, se ficarem doentes, a providenciar-lhes o acesso aos melhores e mais inovadores cuidados de saúde. É por estas razões que em 2015 a Multicare foi pioneira no lançamento no mercado de uma oferta com uma cobertura específica para doenças oncológicas – Multicare Proteção Vital. Os principais atributos desta oferta assentam na prevenção e no diagnóstico prematuro de situações de cancro, disponibilizando check-ups gratuitos e diferenciados, e ainda num capital de 2 milhões de euros (1 milhão por anuidade), sem copagamentos, para fazer face a todos os tratamentos associados a esta patologia. E também, atenta ao fenómeno das doenças crónicas, cuja prevalência aumenta com a idade, a Multicare está apostada na promoção de comportamentos de prevenção e auto controlo.
Da mesma forma, considerando o prolongamento da esperança média de vida e o envelhecimento demográfico, a Multicare lançou, em 2018, a gama de produtos Multicare 60+ desenhada para dar resposta às necessidades do segmento das pessoas de mais de 60 anos, com a particularidade de ter um modelo de subscrição adaptado à condição de saúde deste segmento”.
Ana Paulo, Head of Life Soluções Vida e administradora da Zurich Vida
“Em Portugal a Zurich comercializa soluções de poupança e investimento, através da sua rede de parceiros de distribuição, direcionadas a clientes que têm como objetivo a poupança de médio e longo prazo. Privilegiamos a proteção e, como tal, as características dos nossos produtos respondem aos objetivos futuros dos consumidores, nomeadamente a reforma, a poupança para a concretização de um projeto específico ou, entre outros, o financiamento da própria educação ou dos filhos”. Entretanto, em parceria com a Smith School of Enterprise and the Environment da Universidade de Oxford, o grupo Zurich lançou recentemente o estudo “Perceções sobre proteção: Questionar trabalhadores para construir novas soluções ágeis”, que identifica os grupos mais vulneráveis às transformações do mercado de trabalho. Através do estudo percebemos que a geração millennial mostra sinais de conservadorismo financeiro: apesar de 63% afirmarem terem conseguido economizar parte dos seus rendimentos, o pagamento das contas mensais é a maior preocupação de curto prazo dos millennials (34%) e cerca de um terço (32%) referem que a reforma é a sua segunda preocupação. Ao contrário do que era expectável, os millennials não têm muito mais conhecimento sobre seguros de vida e de proteção de rendimento do que as gerações anteriores.
Susana Fava, Diretora de marketing da CA Vida
“Estamos atentos a novas coberturas ou adaptação das existentes para as alterações que se têm vindo a verificar ao nível das doenças. A análise dos clientes identifica-nos que o cancro é uma das grandes preocupações dos mesmos, sendo esta a doença que mais querem ver incluída nas coberturas contratadas. Na CA Vida, para além da cobertura de doenças graves, temos o CA Mulher, um seguro específico para doenças oncológicas femininas”. Por outro lado, as tábuas de mortalidade mais utilizadas vão até aos 100/120 anos de idade. A probabilidade de ocorrência de um sinistro nestas idades é bastante elevada, pelo que acabaria por se traduzir em contratos bastante onerosos. Por outro lado, soluções long term care, em que se garante o pagamento de uma quantia monetária ou a prestação de cuidados e assistência, apresentam valores bastante dispendiosos para as capacidades financeiras da generalidade dos portugueses. Sensíveis a esta realidade, alargámos recentemente a invalidez até aos 70 anos. O seguro de vida associado ao crédito habitação acompanha os prazos de contratação do mesmo, ou seja, até aos 80 anos”.
De frisar que “a reforma não é o futuro, é o princípio do futuro. O momento certo para começar de novo. E é por isso que disponibilizamos 3 opções de Fundos de Pensões que podem complementar a reforma oficial com um rendimento extra. Disponibilizamos também o CA Vida Unit, um seguro Unit Linked, entre 5 e 8 nos, que permite a clientes com moderada tolerância ao risco diversificar as suas aplicações financeiras e beneficiar de uma tributação mais vantajosa”. Por outro lado “conscientes da importância de sensibilizar, educar e mostrar o porquê de existirem seguros vida, apostámos num grande projecto de literacia financeira: um novo espaço na KidZania, sendo a CA Vida a seguradora oficial do parque temático e a primeira KidZania na Europa a representar a actividade e a profissão. Os seguros fazem parte da vida das pessoas, mas é um tema pouco óbvio para crianças e jovens, pelo que atividade foi pensada para as gerações Z e Alpha, através de jogos didácticos interactivos que exploram a sensibilidade das crianças em relação à utilidade dos seguros.”
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com