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Livreiros recusam vouchers de manuais gratuitos por falhas nos pagamentos

O Ministério de Tiago Brandão Rodrigues afirmou que os pagamentos estão a ser realizados “dentro dos prazos” e que por enquanto não há reclamações apresentadas. O ministério avança ainda que “as faturas recebidas até 9 de agosto, inclusive, estão pagas”. 
  • Cristina Bernardo
21 Agosto 2019, 09h12

O alargamento dos vouchers Mega – Manuais Escolares Gratuitos até ao 12º ano de escolaridade pode estar a causar endividamento a diversas livrarias. Alguns livreiros estão sem capacidade de endividamento para comprar manuais, estando assim a suspender as encomendas até que o dinheiro prometido pelo Ministério da Educação chegue, noticia o Jornal de Notícias, esta quarta-feira, 21 de agosto.

O ministério foi contactado pela mesma publicação que garantiu que o processo melhorou em relação ao ano passado, mas não avançou quanto dinheiro já pagou às papelarias. Um testemunho de Vila do Conde revela que o ano passado conseguiam faturar com o 3º ciclo e secundário e aguentar a demora no pagamento, mas que com o alargamento a situação está a tornar-se incomportável.

O dono da papelaria em causa assumiu que já pediu dinheiro ao banco e que está a recusar vouchers até ao próximo pagamento, sendo que os vales de desconto que aceitou ascendem a 17 mil euros.

O Ministério de Tiago Brandão Rodrigues afirmou que os pagamentos estão a ser realizados “dentro dos prazos” e que por enquanto não há reclamações apresentadas. O ministério avança ainda que “as faturas recebidas até 9 de agosto, inclusive, estão pagas”.

Este ano, o responsável pelo pagamento às livrarias passou a ser o Instituto de Gestão Financeira da Educação e comprometeu-se a pagar em 15 dias, sendo que no ano passado os pagamentos chegaram a demorar três meses. O Governo emitiu oito milhões de vouchers para 1,2 milhões de alunos, cujo custo ascende aos 145 milhões de euros. No ano passado, foram abrangidos 528 mil alunos, num custo de 2,8 milhões de euros.

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