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Livro: “A Longitude do Mundo”

Os historiadores José María Moreno Madrid e Henrique Leitão partem da navegação na Antiguidade e Idade Média para traçar a história das viagens oceânicas. Uma viagem que passa, também, pela política e pela geografia.
7 Junho 2025, 09h56

Na pintura intitulada “O Geógrafo”, de 1669, o pintor Vermeer representa um homem empunhando um compasso, em profunda reflexão, com um globo terreste sobre um armário atrás de si.

Podia ser uma ilustração de um dos maiores problemas da História da Ciência ocidental durante séculos: a medição da longitude, importante, por exemplo, para o Tratado de Tordesilhas, assinado entre portugueses e espanhóis, que visava definir aquilo a que hoje chamamos zonas de influência.

Em “A Longitude do Mundo”, uma recente edição da Imprensa Nacional – Casa da Moeda, os historiadores José María Moreno Madrid e Henrique Leitão partem da navegação na Antiguidade e Idade Média para traçar a história das viagens oceânicas, da cosmografia matemática e da construção de um mundo global, em que geografia e política têm um papel crucial.

 

 

O conhecimento científico foi fundamental para a extraordinária aventura dos Descobrimentos, tal como as viagens marítimas – em particular, as dos navegadores ibéricos – foram de extrema importância para o avanço da ciência a partir do século XV, e os autores dão particular atenção à cosmografia e aos contributos da matemática para aquela área de estudo, logo desde Ptolomeu.

A necessidade de estabelecer o “antimeridiano” para marcar a “fronteira” entre os impérios português e espanhol, com as Molucas a aparecer de ambos os lados da linha, consoante o mapa era elaborado num ou noutro país, deu um forte impulso para uma maior exatidão da cartografia náutica.

Eis a sugestão de leitura desta semana da livraria Palavra de Viajante.

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