Desencantado com a Europa e o desaparecimento do mundo em que vivera, esse “mundo de ontem” profundamente abalado pela barbárie das duas guerras que assolaram o continente e outras partes do mundo entre 1914-18 e 1939-45, Stefan Zweig (Viena, 1881 – Petrópolis, 1942) foi, da década de 1920 até à sua morte, um dos escritores mais célebres e lidos da sua época.
Em 1936 encantou-se pelo Brasil (maravilha-o a chegada por mar à baía do Rio de Janeiro, cidade que se vai “desdobrando como um leque”), optando por nele se exilar. A partir daí, empreendeu viagens e coligiu informações para compor um ensaio sobre o país, precisamente este fascinante e multifacetado “Brasil, Um País do Futuro”, que acabou por se tornar, também, o último capítulo das suas memórias.
Para além de ser uma espécie de biografia e história do maior país da América do Sul, o livro contém o relato das viagens do autor – por vezes, num registo mais próximo da reportagem –, traçando um retrato da época e projetando um futuro que, num Zweig extremamente empenhado em questões pacifistas, apresenta-se algo utópico.
Lançado em 1941, o título teve oito primeiras edições, publicadas praticamente em simultâneo, em seis idiomas: alemão (em edição impressa na Suécia), sueco, português (com edições em Portugal e no Brasil), francês, inglês e espanhol. No final do ano passado, teve nova edição na Balzac Publicações, com tradução de Odilon Gallotti e prefácio de Manuel Pedroso Marques.
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