Um chumbo num exame para a função pública pode ter consequências imprevisíveis e ser um importante contributo para o mundo, em particular para o legado cultural da humanidade.
Du Fu é considerado, junto com Li Po, um dos grandes poetas chineses da dinastia Tang. Depois do percalço escolar que o impediu de seguir as pegadas do pai, Du Fu, que nasceu em 712 na província de Henan, optou por traçar o seu próprio caminho e empreendeu uma vida itinerante, viajando pelo país durante vários anos e, de novo, nos dois últimos anos de vida, até morrer, em 770.
Os seus poemas iniciais foram muito marcados pelos tempos difíceis que a China atravessou em meados do século VIII, com a revolta e guerra civil que abalaram profundamente a sociedade chinesa, e pelas suas próprias atribulações: fome, agitação política e tragédias pessoais.
Globalmente, a obra deste poeta-filósofo transmite o impacto emocional e a importância das questões políticas e sociais, registando uma série de preocupações, provações dramas privados, fazendo uso de uma vasta gama estilística. O historiador Michael Wood (de que a Temas e Debates já publicou uma “História da China”) segue os passos de Du Fu, numa peregrinação pelas paisagens físicas e emocionais que inspiraram a obra deste poeta que alguns equiparam a Dante e Shakespeare pela universalidade dos temas tratados.
Quase 1300 anos depois, Wood resgata Du Fu para o Ocidente. Na Temas e Debates, com tradução e notas de Magda Barbeita.
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