Do Rus de Kiev à Federação Russa, à procura de uma saída.
Quando Mikhail Shishkin esteve em Lisboa, no início de julho de 2022, a guerra da Ucrânia tinha começado há pouco mais de quatro meses. Agora, quando se assinalaram os três anos sobre a invasão em larga escala pelo vizinho russo, a Relógio d’Água lança o seu livro “Paz ou Guerra – A Rússia e o Ocidente – Uma Abordagem”, traduzido por Ana Falcão Bastos.
À semelhança do que fez na conversa que teve com Alberto Manguel na livraria Palavra de Viajante, Mikhail Shishkin tenta, com este livro, explicar-nos – a nós, leitores ocidentais – a Rússia, a sua guerra e como o povo russo está refém de uma classe de dirigentes políticos que, controlando a educação e tendo construído uma narrativa férrea que veicula a ideia de ataques constantes, tem o seu censor perfeito numa doentia noção de nacionalismo.
Feroz opositor do regime de Putin, Shishkin exilou-se na Suíça, tendo trabalhado como tradutor de Russo e Alemão para o Departamento de Imigração, em particular com requerentes de asilo. Foi o único autor a vencer os três maiores prémios literários russos e, em 2011, foi-lhe atribuído o Prémio Internacional de Literatura Casa das Culturas, em Berlim.
O livro inclui um prefácio do autor escrito propositadamente para a edição portuguesa e dois posfácios – o segundo dos quais é sobre Navalnyi e como “Oficialmente, não há pena de morte na Rússia. Mas existe, está à vista (…)”, traduzidos por João Maria Lourenço e Larissa Shotropa.
Eis a sugestão de leitura desta semana da livraria Palavra de Viajante.
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