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Livro: “Pequenos Mundos e Velhas Civilizações”

Ferreira de Castro percorre lugares pouco explorados na época ou berço de importantes civilizações, como Rodes, Córsega, Egito, Cartago, Palestina ou a ilha de Monte Cristo e dá-nos conta da vida e costumes das suas gentes.
18 Janeiro 2025, 10h10

Ferreira de Castro (Ossela, Oliveira de Azeméis 1898 – Porto, 1974) é um dos nossos autores mais celebrados e, depois da II Guerra Mundial, um dos mais célebres no estrangeiro – tornou-se até um dos escritores portugueses mais lidos e traduzidos em vários países (em França, por exemplo, foi traduzido por Blaise Cendrars); recorde-se que, lá fora, a literatura portuguesa pouca expressão tinha.

 

 

Em “Pequenos Mundos e Velhas Civilizações”, com reedição recentíssima pelo castro-verdense Grupo Narrativa, o autor celebra o seu interesse por áreas como a arte, antropologia e história, imprimindo o seu estilo único de romancista no relato de uma longa viagem pelos confins da Terra, do qual sobressai o seu olhar humanista sobre o mundo. Percorre lugares pouco explorados na época ou berço de importantes civilizações – mas, também, aqui bem perto, como a Madeira e os Açores –, como Rodes, Córsega, Egito, Cartago, Palestina ou a ilha de Monte Cristo, e dá a conhecer a vida e costumes de povos que habitam em locais isolados.

O autor de “A Selva” (1930) passou a juventude no interior da selva amazónica, onde trabalhou num seringal, tendo regressado em 1919. Autodidata (só teve estudos formais até à 4.ª classe), seria na Biblioteca Pública de Belém do Pará que completaria a sua educação, lendo Eça, Camilo, Machado de Assis, Dickens, Victor Hugo ou Balzac. Por cá, escolheu Sintra para escrever, onde encontrava paz e inspiração no Hotel Neto (hoje, em reabilitação).

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