Há umas semanas, sugerimos o livro “Pequenos Mundos e Velhas Civilizações” de Ferreira de Castro, um homem oriundo de uma família de camponeses pobres, cuja instrução formal se cingiu à escola primária e que completaria a sua educação frequentando a Biblioteca Pública de Belém do Pará, no Brasil.
Também Jack London teve origens humildes e foi um autodidata. Nascido a 12 de janeiro de 1876, na cidade californiana de São Francisco, John Griffith Chaney, seu nome de batismo, foi abandonado pelo pai e viria a adotar o nome do padrasto. Como era hábito nas famílias de operários, cedo começou a dividir o seu tempo entre a escola – que abandonaria aos 14 anos – e pequenas, mas duras. tarefas, vendendo jornais ou entregando gelo. No tempo livre, frequentava a biblioteca pública.
O espírito aventureiro fê-lo tornar-se pirata de ostras na Baía de São Francisco, viajar como marinheiro até ao Japão e, depois, juntar-se a outros vagabundos que percorriam os EUA viajando clandestinamente de comboio, com algumas paragens em penitenciárias. Seria desta última experiência que viria a resultar este “Vagabundos Cruzando a Noite”, editado pela Maldoror. Como recorda a tradutora Ana Barradas, o “hobo” – vagabundo, sem trabalho – é uma figura de forte implantação no imaginário norte-americano, muito relacionada com o movimento operário norte-americano do final do século XIX.
Escritor prolífico, London morreu com apenas 40 anos, vítima de uma vida de excessos.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com