O Novobanco, o quarto maior banco de Portugal, atraiu até agora dois interessados em avançar com propostas, um é o grupo bancário francês BPCE e outro é o espanhol CaixaBank com uma decisão preliminar sobre o vencedor ou uma oferta pública inicial (IPO) possível ainda esta semana, avança a Bloomberg que cita fontes familiarizadas com o assunto.
Além da venda do Lone Star a um dos dois candidatos, continua a ser avaliada a alternativa de vender ações do Novobanco através de uma oferta pública inicial (IPO), dizem fontes à Bloomberg. Uma decisão preliminar sobre o vencedor ou a opção pelo IPO poderá ser tomada ainda esta semana, disseram as mesmas fontes.
Uma aquisição do Novobanco pelo BPCE, dono do Natixis, ou pelo CaixaBank, dono do BPI, seria um marco significativo para os negócios bancários internacionais na Europa, apesar da recente oposição dos governos a tais negócios, diz a agência.
Os governos da região têm dificultado recentemente potenciais negócios — a Espanha opõe-se à aquisição planeada do Banco Sabadell pelo BBVA, a Itália procura obstruir a compra do Banco BPM SpA pelo UniCredit SpA e a Alemanha opõe-se a uma potencial aquisição do Commerzbank AG pelo UniCredit.
Por cá, 0 Novobanco tem vindo a preparar-se para um IPO, que poderá angariar mil milhões de euros ou mais, e escolheu o Bank of America Corp, o Deutsche Bank AG e o JPMorgan Chase & Co. como coordenadores globais para a primeira venda de ações.
Os representantes do BPCE, CaixaBank e Lone Star, contactados pela Bloomberg, não quiseram comentar.
A empresa americana de private equity Lone Star detém 75% das ações do Novobanco, enquanto o governo português detém 25% através de entidades como o Fundo de Resolução que tem 13,54% e da Direção Geral do Tesouro e Finanças que tem 11,46%.
A JB Capital afirmou num relatório em março que estimava que o Novobanco poderia ser avaliado entre 5,5 mil milhões de euros (6,3 mil milhões de dólares) e 7 mil milhões de euros.
O ministro das Finanças português, Joaquim Miranda Sarmento, disse a 21 de maio que os bancos espanhóis não deveriam aumentar ainda mais a sua presença no país. Os bancos espanhóis representam já cerca de um terço do mercado bancário português, afirmou em entrevista Miranda Sarmento. “Acredito que este peso não deverá aumentar, por uma questão de concentração e dependência”, afirmou o ministro.
O Novobanco é o quarto maior banco em Portugal. Registou o seu primeiro lucro em 2021 e a sua margem financeira líquida aumentou à medida que os bancos centrais aumentavam as taxas de juro. Antes, o Novobanco teve de se desfazer de ativos e vender créditos incobráveis para reduzir o seu rácio de crédito malparado, que era um dos mais elevados da Europa após a dissolução do Banco Espírito Santo, há uma década.
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